Rio Grande do Sul
atinge meta de vacinação contra o HPV
Foto: Manuella Brandolff/Palácio Piratini
Estado atingiu até o momento 81% de cobertura entre as meninas
de 11 a 13 anos
A Campanha de Vacinação contra o Papiloma Vírus Humano (HPV)
encerrou-se oficialmente nesta quinta (10). Com 198 mil meninas vacinadas entre
os 11 e 13 anos, o Rio Grande do Sul alcançou 81,3% de cobertura da
população-alvo, ultrapassando a meta, que era de 80%. As jovens que receberam
agora a primeira dose devem receber a segunda daqui a seis meses, com um
reforço após cinco anos. O HPV é uma das principais causas do câncer do colo de
útero, um dos tipos de maior incidência entre as mulheres. Pela primeira vez
uma vacina contra esse vírus está sendo feita gratuitamente pelo SUS.
Ao todo, foram quase 10 mil entidades de ensino no Estado
que receberam equipes de saúde para a aplicação da dose, de acordo com um
calendário estabelecido pelos municípios. A orientação da Secretaria Estadual
da Saúde (SES) é que os municípios mantenham as doses da vacina restantes em
suas unidades de saúde para atender as jovens (da faixa etária indicada) que
não puderam ser vacinadas durante a campanha.
A cobertura até o momento é maior entre as meninas com 13
anos de idade, onde 95% do público nesta faixa já foram vacinadas. Nas idades
de 11 e 12 anos, a cobertura ficou pouco abaixo dos 80%. Mesmo com o fim da
campanha, esses índices devem aumentar, já que os municípios ainda estão
alimentando o banco de dados do sistema de acompanhamento das doses aplicadas.
Cobertura por idades*:
11 anos: 61.994 (73,8%)
12 anos: 66.779 (77,1%)
13 anos: 69.000 (95,0%)
Total: 198.114 (81,3%)
Papiloma Vírus Humano
O vírus HPV é uma das principais causas de ocorrência do
câncer do colo de útero. Pelo menos 12 tipos de HPV são considerados
oncogênicos, ou seja, podem ocasionar tumor canceroso. Dentre as variantes de
alto risco, os tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo
do útero. A vacina a ser oferecida pelo SUS é contra estes dois tipos e outras
duas formas do HPV que resultam em lesões genitais (verrugas).
Sua transmissão se dá por contato direto com a pele ou
mucosa infectada, principalmente via sexual. Como muitas pessoas portadoras do
HPV não apresentam nenhum sinal ou sintoma, elas não sabem que têm o vírus, mas
podem transmiti-lo. A época mais favorável para a vacinação é nesta faixa
etária, de preferência antes do início da atividade sexual, ou seja, antes da
exposição ao vírus.
Na prevenção ao câncer de colo de útero, contudo, a
vacinação não substitui o exame papanicolau, que ajuda a detectar células
anormais no revestimento do colo do útero. Ele deve ser realizado com um
intervalo de três anos, após dois exames negativos, com intervalo anual. Quando
as lesões são diagnosticadas preventivamente, elas podem ser tratadas antes de
se tornarem câncer. O câncer de colo do útero é um dos mais fáceis de serem
prevenidos, por isso é tão importante fazer o exame regularmente.
Câncer de colo do útero no RS
No Estado, são estimados em 2014 cerca de 840 casos de
câncer de colo uterino - o que representa um risco de 14,63 casos a cada 100
mil mulheres. As estimativas de incidência apontam que este tipo de câncer será
o quinto mais frequente entre as mulheres gaúchas, sem considerar os tumores de
pele não melanoma.
Em 2012, de acordo com os dados do Sistema de Informação
Sobre Mortalidade, foram registrados 305 óbitos por câncer de colo uterino no
Rio Grande do Sul. Tomado de agora de rgs br
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