sábado, 12 de julio de 2014

TRAMPAS EN LA PLAYA POR ACUMULACIÓN DE BARRO


 As armadilhas que surgem com o acúmulo de lama na Praia . Trafegar pela orla exige cuidado dos condutores
O professor Lauro Calliari, do Núcleo de Oceanografia Geológica da Furg, entrou em contato com a equipe do jornal Agora para explicar que o transporte e deposição da lama fluída por ondas de tempestade, em pelo menos duas ocasiões (maio de 2003) , representou um risco potencial para surfistas. Segundo Calliari, a variação da altura das ondas ao longo da praia, durante os episódios de deposição de lama fluída, pode resultar na formação de correntes litorâneas. "Essas correntes saem da região onde existem ondas (zona de surf normal) e vão direcionar-se para regiões onde praticamente não existe zona de surf (onde o fundo está atapetado por lama fluída e a arrebentação deixou de existir). A lama fluída pode causar até 80% do amortecimento da energia das ondas. Essas correntes podem transportar surfistas dos locais de arrebentação normal para locais sem arrebentação". Calliari explicou que a praia fica isolada da arrebentação que fica mais distante devido às faixas onde estão depositadas lama fluída cuja espessura ultrapassa 1,5 metro. "Tal situação pode 'aprisionar' os surfistas na zona de surfe, submetendo-os a risco de morte em função da hipotermia resultante da longa exposição a águas com baixas temperaturas, típicas da região durante as estações de outono e de inverno", alertou Calliari, salientando ainda que existe também o risco dos mesmos serem imobilizados ou mesmo cobertos pelos depósitos de lama fluída, que em cavas profundas, entre os bancos arenosos, podem atingir maiores espessuras. "Felizmente, nas duas situações que se tem registro, pescadores locais e surfistas, usando cabos e pranchas do tipo bodyboards para cruzar o depósito de lama, os resgataram", ressaltou. A presença de lama entre a face da praia e o pós-praia representa um risco adicional, considerando-se o alto número de veículos que trafegam na a praia do Cassino. "Qualquer depósito de lama é rapidamente coberto por uma fina camada de areia assim que o nível do mar baixar após as tempestades. Tal situação torna-se uma armadilha para carros que trafegam em velocidade moderada e são repentinamente parados no bolsão de lama que facilmente atinge 0,3 metro de espessura. Dezenas de acidentes na praia, alguns dos quais envolvendo ferimentos sérios, ocorreram após um evento de deposição de lama em 1998, cujos efeitos permaneceram por mais de um ano", alertou.  A jornalista Anete Poll foi surpreendida pela lama no dia 15 de junho deste ano. Ela contou que estava trafegando na carona de uma moto, pilotada por seu filho. "Estávamos bem, observando a praia e, de repente, a moto travou, quando consegui sair, a lama já estava nas minhas canelas e a moto continuou descendo. Foi sugada até a altura do tanque", contou. Segundo a jornalista, um homem que tentou ajudá-los acabou ficando presso na lama também. "No fim, tivemos que resgatar a moto e o homem".
Situação atual - Na avaliação do professor, a tendência agora é diminuir a quantidade de lama e a arrebentação voltar ao normal. "Se vocês observarem, começou a ter propagação de ondas próximo à estátua de Iemanjá, o que representa que já não existe mais uma quantidade grande de lama para ser transportada para a praia", concluiu.  
Link para vídeo do resgate em 2003 e do artigo científico sobre o assunto:
www.praia.log.furg.br/Publicacoes/2014/2014d.pdf  Por Eduarda Toralles tomado de agora de rgs br 

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