Bibliotheca Rio-Grandense completa 168 anos em meio a
dificuldades Foto: Fábio Dutra Prédio da Bibliotheca necessita de manutenção A
Bibliotheca Rio-Grandense, a mais antiga do Estado, comemorou nesta sexta-feira
(15), 168 anos de muita história e luta. A instituição é uma associação civil,
sem fins
lucrativos, que vem mantendo as atividades essenciais graças às
doações mensais de seus associados. Segundo o presidente da Bibliotheca,
Francisco das Neves Alves, as cerimônias de comemorações são sempre muito
singelas, porém, sempre são realizadas, e na cerimônia deste ano foram lançadas
duas publicações produzidas pela instituição. “Textos para o estudo da história
da mais antiga cidade sul-rio-grandense”, de autoria de Francisco, e também um
CD, “Cultura e identidade do Rio Grande”, organizado também pelo presidente,
que une as produções oriundas de um evento ocorrido ano passado na instituição. Este ano a Bibliotheca sediou novamente as
reuniões da Academia Rio-grandina de Letras (ARL), que em sua fundação, em
1981, realizava suas atividades na instituição. A cerimônia de ontem contou com
a fala da presidente da Academia, Dalva Leão Martins. “Nesta data, desejamos à
Bibliotheca um melhor amparo do poder municipal, a instituição passa por
dificuldades e necessita de auxílio urgente”. “Fomos muito bem recebidos pela
atual diretoria, essa volta é importante para rememorar os tempos antigos, mas
é bom ficar claro que esta não é a sede da Academia, mas continuamos
itinerantes na nossa luta em prol da literatura”, destacou Dalva Martins.
Dificuldades Outra
luta em prol da literatura é a da própria Bibliotheca, que mesmo possuindo o
título de mais antiga do Estado, infelizmente não é valorizada como tal. A
instituição, segundo o presidente, passa por inúmeras dificuldades financeiras,
já que a sua principal arrecadação é a contribuição dos sócios, que hoje são
cerca de 400. Nos áureos tempos, a instituição somava 3 mil sócios. “Nossa maior luta é nos mantermos na ativa,
com as portas abertas à comunidade. Nos últimos anos, tivemos muitos tributos
federais e está realmente muito difícil manter tudo funcionando”, desabafa o
presidente Francisco. O prédio histórico necessita de manutenção e é sabido que
acervos históricos e raros como os da instituição deveriam passar por
minuciosos tratamentos de conservação, porém, esta não é a realidade da
instituição centenária. “Não conseguimos realizar a manutenção nem do prédio e
nem do acervo bibliográfico como deveríamos porque não temos recursos. Estamos
apenas lutando para manter a instituição aberta e mesmo assim está difícil”,
finaliza o presidente. A Bibliotheca é
aberta a toda comunidade, e funciona das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira.
Os interessados em associar-se necessitam apenas apresentar um documento de
identidade, um comprovante de residência e pagar a mensalidade no valor de R$
15. Situada no centro histórico da cidade, conta hoje com aproximadamente 450
mil livros, além de uma das mais completas coleções de jornais, principalmente
rio-grandinos, que circularam desde o início do século 19. Esther Louro TOMADO DE AGORA DE RGS BR
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