993 DIAS DE EMERGÊNCIA NO LIXO DE PORTO ALEGRE: CAMINHÃO
COMPACTADOR DE LIXO ‘A SERVIÇO DO DMLU’ MATA UMA PESSOA DEIXA 3 FERIDOS E
DESTRÓI 7 VEÍCULOS -O governo do prefeito pedetista José Fortunati mantém Porto
Alegre há muito tempo sob a emergência do lixo, via empresas privadas
contratadas sem licitação pública, dito pelo Departamento Municipal de Limpeza
Urbana – DMLU de forma emergencial. Isso acontece desde 14 de dezembro de 2011,
quando o DMLU contratou a primeira empresa: Revita Engenharia S/A, do grupo
Solví.
Recomendamos a leitura do texto que tem por título “EMPRESA
DE LIXO APARECE EM PRIMEIRO
Depois de quatro contratos emergenciais com o DMLU, a Revita
Engenharia S/A deixou de operar a coleta de lixo domiciliar de Porto Alegre.
Assumiu em seu lugar a empreiteira W.K. Borges Cia Ltda, que por sua vez também
presta serviços a empresa do grupo Solvi em algumas cidades do Rio Grande do
Sul.
O serviço público de coleta de lixo domiciliar foi entregue
para duas empresas privadas. Essas dominaram esse serviço público de Porto
Alegre, por 993 dias sucessivos, sem que tivessem as duas empresas se
submetidas a uma concorrência nos moldes
previstos pela Lei das Licitações, por prazo de até 60 meses.
Hoje o DMLU atinge a meta de 993 dias de emergência no lixo
da cidade que tanto amamos. Mais sete dias pela frente, e o governo Fortunati e
a gestão do DMLU vão comemorar 1.000 dias de emergência no lixo de Porto
Alegre. Inacreditavel!!!
Nunca se viu tanta emergência no DMLU quanto agora na gestão
do governo do prefeito José Fortunati.
Quem atualmente opera a coleta de lixo domiciliar
emergencial em Porto Alegre é a empresa: W.K.Borges (W.K. Borges Cia Ltda)
A W.K.Borges está no seu segundo contrato sem licitação
pública, dito pelo DMLU de forma emergencial para a operação da coleta de lixo
domiciliar na capital gaúcha. Somente em 2014 o DMLU já pagou a W.K. Borges o
montante de R$ 18.575.786,39 (dezoito milhões e quinhentos e setenta e cinco
mil e setecentos e oitenta e seis reais e trinta e nove centavos) para coletar
o lixo domiciliar de Porto Alegre.
Esse contrato emergencial (2º.) firmado entre DMLU e W.K.
Borges expira no início de dezembro de 2014, quando a empresa privada atinge 12
meses.
Com esse prazo a empresa conquista o seu primeiro “Atestado
de Capacidade Técnica” de operação em emergência para uma capital com 30.000
toneladas de resíduos por mês, o que lhe oportuniza participar de licitações
públicas nas maiores cidades brasileiras.
O serviço de coleta de lixo domiciliar na capital gaúcha é
de baixa qualidade.
O Blog Máfia do Lixo vem avisando há muito tempo as
autoridades que fiscalizam esse serviço público e seus contratos, de que na
emergência, além de baixa qualidade, o preço a cada seis meses sempre é elevado
acima dos índices inflacionários divulgados no Brasil.
Já vimos anteriormente com a empresa Qualix, que prestou
serviços ao DMLU, que a manutenção dos caminhões compactadores de resíduos é
vital para a operação da coleta de lixo domiciliar.
Na emergência, a manutenção dos veículos é sempre
deficiente, coloca em risco a operação do serviço de coleta de lixo domiciliar
e a população. A manutenção dos caminhões compactadores de resíduos,
popularmente conhecido por “caminhões de lixo” é também de baixa qualidade. E
na emergência os acidentes são frequentes.
Basta lembrar das estatísticas da EPTC de Porto Alegre. O
Blog Máfia do Lixo em 04/08/2013 publicou o texto que tem por título “Acidentes
com caminhões de lixo em Porto Alegre mostram que há algo de errado na operação
da coleta” que sugerimos a leitura.
Nessa segunda-feira, 1º. de setembro de 2014, veio a
tragédia anunciada.
Caminhão compactador de lixo domiciliar mata 1 pessoa, fere
3 e destrói 7 veículos sendo dois incendiados – Foto – Mauro Vieira – RBS
Um acidente com um caminhão de lixo “á serviço do DMLU”, sem
freios, deixou um morto, três feridos, e demoliu sete veículos tendo dois deles
incendiados na zona sul de Porto Alegre.
O caminhão de lixo desgovernado, “sem freios”, provocou o
acidente com outros sete veículos na Estrada Afonso Lourenço Mariante, no
Bairro Belém Velho, na capital gaúcha.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o caminhão compactador,
carregado de lixo domiciliar, bateu em três veículos, arrastou um quarto,
raspou em um quinto, tombou sobre um sexto e, após colidir com um sétimo carro,
incendiou.
O motorista do automóvel arrastado por cerca de 300 metros
morreu carbonizado.
Entre os feridos, está Oscar da Silva Teixeira Júnior, 27
anos, que teve traumatismo craniano, sangramento no nariz e uma fratura na
perna direita. Já Bruno Werf de Souza, 21 anos, teve escoriações no braço
direito e nas costas e Vitor Mateus Cento, 41 anos, apresentava dores no
pescoço. A quarta pessoa é Daniele Palmeira de Souza, 30 anos, que está
grávida. Segundo a EPTC, não teve ferimentos, mas ficou bastante nervosa com o
acidente.
O gari da empreiteira, Cristiano Rosa, 38 anos, estava na
traseira do caminhão de coleta de lixo domiciliar. Ele pulou após perceber que
o veículo perdeu o controle. Disse que outros dois colegas deveriam fazer a
coleta do lixo junto com ele, e que no momento do acidente, por pouco, o
caminhão não bateu em um ônibus.
“O motorista conseguiu sinalizar que estava sem freios”,
afirmou Rosa. Caminhão de coleta de lixo domiciliar “À SERVIÇO DO DMLU` provoca
acidente em Porto Alegre – 1o./09/2014 – Foto – Mauro Vieira – RBS
O acidente gerou incêndio no local. Dois caminhões do Corpo
de Bombeiros do Rio Grande do Sul participaram do combate às chamas. Ao todo
foram utilizados 10 mil litros de água para apagar o fogo. A estrada em Porto
Alegre ficou bloqueada nos dois sentidos. Até as 21h20min, ainda não tinha sido
liberada.
O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul deve
abrir “inquérito civil” para investigar o acidente. Falta de freios em um
caminhão coletor de lixo domiciliar operando na emergência é falta de manutenção.
E falta de fiscalização do Departamento Municipal de Limpeza Urbana – DMLU que
contratou por duas vezes sucessivas, de forma emergencial, a empresa dona do
caminhão de lixo que matou uma pessoa, deixou três feridos e demoliu sete
veículos.
A Delegacia Regional do Trabalho (DRT) no Rio Grande do Sul
deve investigar o quadro de funcionários da empreiteira dona do caminhão de
lixo. Verificar se estão fornecendo equipamentos de segurança aos garis e
motoristas. E conhecer se a trafegabilidade de caminhão coletor de lixo
acidentado mantinha pendurado os “garis” no estribo. Basta ler acima, o gari
Cristiano Rosa, declarou que estava na traseira do caminhão de coleta de lixo
domiciliar. Isso é um indício. Verificar o numero do caminhão compactador e
conhecer se estava em operação na artéria (via) pública, ou apenas se dirigindo
para a descarga, já que um Bombeiro declarou que o veículo estava carregado de
lixo. Se o caminhão estava fora de sua zona de coleta, o gari não poderia estar
na “traseira” (estribo) do veículo.
Um acidente que deve ser investigado pela Polícia Civil,
Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, Ministério Público de
Contas, Delegacia Regional do Trabalho, e Sindicato dos Empregados.
Se faz urgentemente necessário promover a regularidade
contratual da operação da coleta de lixo domiciliar da capital gaúcha, que hoje vive a emergência
e que vai completar daqui a uma semana o total de 1.000 dias sem que se faça e
conclua as licitações públicas em Porto Alegre.
Porto Alegre continua a mesma, Porto Alegre continua suja!
Assistindo caladamente a emergência do lixo e os acidentes com caminhões de
lixo, causando mortes, feridos e destruição de veículos. Enviado por mafia do lixo de br
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