Perg comemora dois
anos de saúde prisional e Dia Internacional da Mulher Foto: Anete Poll
Apenadas participaram da solenidade em comemoração ao Dia
Internacional da Mulher Duas ações foram comemoradas na sexta-feira (6), na
Penitenciária Estadual do Rio Grande (Perg). A primeira, em comemoração ao
"Dia Internacional da Mulher", e a outra, aos dois anos da Unidade
Básica de Saúde Prisional, que foi implantada no dia 7 de março de 2013, numa
parceria entre a Susepe, Perg e Secretaria de Município da Saúde. O
administrador do presídio, Roni Porciúncula, que assumiu recentemente a
direção, frisou que entre as metas mais
importantes está a manutenção da ordem. Tanto que no mês de fevereiro, foram
realizadas duas revistas "pente fino", onde vários objetos foram
encontrados. Destacou também a importância do trabalho penal, que fornece
ferramentas para que os apenados possam reintegrar-se novamente à sociedade. A
secretária de Município da Saúde, Vera Silva, ressaltou o dia especial.
"Lutei muito para que a saúde prisional fosse possível. Para mim, sempre
foi uma prioridade. Avançamos muito, mas precisamos avançar ainda mais". A
secretária salientou ainda que "o maior desafio é a tuberculose. Portanto,
vamos continuar juntos, investindo mais na saúde da população carcerária,
investindo em prevenção. Isso é muito importante". O tratamento penal é a
base para alcançar a premissa para reintegrar os apenados na sociedade. E Rio
Grande é, hoje, referência no Estado em saúde prisional. O coordenador técnico da Perg, Andre Michelin, disse que
como representante da Susepe, como ser humano, estava feliz por presenciar cada
mudança acontecida na Perg até chegar a este momento. "Há muita gente se
empenhando para isso. É um trabalho desgastante, mas que se reflete na melhoria
da saúde dos apenados". Hoje, a Perg tem 63 mulheres apenadas. Algumas
estavam na cerimônia especial, representando as demais. E uma delas, presa por
tráfico, já cumpriu um ano e meio, deu um pequeno depoimento, onde, através do
trabalho laboral, reconquistou o respeito próprio e a dignidade. "Gostaria
que meus parentes pudessem ver a diferença que aconteceu em mim. Quem sofre de
verdade, não volta", disse ela, referindo-se a uma mudança na sua vida.
Unidade de Saúde
Prisional A implementação da rede de atenção à saúde no sistema prisional
do Rio Grande do Sul tem como diretriz o
Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário. Este Plano foi instituído
pela Portaria Interministerial nº 1.777/2003 e visa a garantir ações integrais
de saúde, o que significa unificar serviços preventivos, curativos e de
reabilitação aos usuários privados de liberdade, através das equipes de saúde
prisional. As equipes de Saúde Prisional são compostas por sete profissionais
de saúde (psicólogo, assistente social, médico, enfermeiro, técnico de
enfermagem, odontólogo e auxiliar de consultório dentário), com carga horária
de 20 horas semanais. A Política de Atenção Integral à Saúde Prisional é implementada em uma rede regionalizada de
ações e serviços. A Unidade de Saúde Prisional funciona como porta de entrada,
e sua equipe garante o acesso à atenção básica e demais demandas de saúde. As
prioridades são controle e/ou redução dos agravos mais frequentes (tuberculose,
HIV/Aids), a atenção sobre uso do crack, álcool e/ou outras drogas, e o cuidado
das gestantes/mães/bebês. No RS, em dois anos, o número de equipes de saúde
prisional passou de oito (2010) para 19 (maio de 2012), distribuídas em 13
municípios. Essa ampliação ocorreu a partir de um trabalho conjunto da gestão
municipal de saúde, Secretaria Estadual de Saúde, Coordenadorias Regionais de
Saúde e Susepe, durante a gestão anterior. As equipes estão habilitadas pelas
diretrizes da resolução CIB/RS nº 257/2011, que ratifica o recebimento do
incentivo estadual previsto. Por Anete Poll TOMADO DE AGORA DE RGS BR
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