OPERAÇÃO GOLFINHO
RECOMENDA CUIDADO E OBSERVAÇÃO PARA APROVEITAR O MAR
Salva-vidas das 18 guaritas instaladas na praia do
Cassino já realizaram 29 salvamentos desde a abertura da Operação
Luiza
Trápaga/JA
Banhistas que mais preocupam os salva-vidas são as crianças
e os adolescentes
- foto POR ESTHER LOURO
Atuando desde o dia 14 de dezembro, a 47ª Operação Golfinho
da Brigada Militar já realizou 29 salvamentos na Praia do Cassino, além de 15
atendimentos em decorrência de lesões causadas por Águas Vivas, que são
popularmente conhecidas por mães d'água. Os dados foram atualizados até a manhã
desta sexta (6).
Assim, distribuídos pelas 18 guaritas, encontram-se 72
salva-vidas, sendo 59 militares (dentre eles há duas mulheres) e 13 civis, que
atuam na prevenção e oferecem orientações, alertando os banhistas que se expõem
aos riscos e nos salvamentos.
De acordo com o coordenador da Operação Golfinho no Litoral
Sul, major Ben Hur, o objetivo é propiciar um melhor aproveitamento da praia,
para que todos possam desfrutar de um banho de mar com segurança e cuidado.
Mas, para isso acontecer, também é muito importante que os banhistas façam a
sua parte, diminuindo os riscos a que se expõem, como não entrar no mar após
ingerir bebidas alcoólicas e manter-se em uma profundidade segura – em mar
calmo, água na altura da quadril e em mar revolto, água até os joelhos.
CUIDADOS
Para o major, o primeiro cuidado que o banhista deve ter é
escolher um local próximo à guarita dos salva-vidas e, após, observar o mar,
analisando a ondulação, ficando atento aos espaços entre as ondas, que podem
ser uma corrente de retorno, que é muito perigosa. “De um modo geral, o Litoral
Sul é menos perigoso, porque o mar não é tão agitado, mas, aqui no Cassino, é
comum observarmos a corrente de retorno e os buracos, então, deve-se estar
atento e ser prudente ao se banhar”, disse o major, ressaltando que, sempre que
observada estas circunstâncias, os salva-vidas costumam sinalizar estes locais
perigosos, cravando bandeiras na areia, à beira do mar.
Sobre a profundidade, a dica é se manter com a água sempre
abaixo do umbigo. “Nós temos até um ditado, água no umbigo, sinal de perigo.
Porque se vem uma onda, facilmente a água chegará no peito e a pessoa pode ser
apanhada por uma corrente, e a situação complica”, alertou. Além disso, o major
ressalta que, quando se tem alguma dúvida, é bom que se pergunte para o
salva-vida, “Sempre pergunte se está com dúvida, muitas vezes, os acidentes
acontecem devido ao desconhecimento, então, é só chegar e perguntar. O nosso
papel é propiciar conhecimento e garantir um lazer com segurança para todos”.
MAR CALMO TAMBÉM PEDE CUIDADO
Nó último domingo (1º), mesmo com bandeira verde – a mais
propícia para banho – em apenas uma guarita, foram realizados seis salvamentos.
“No domingo, o mar estava calmo, mas, com o vento do quadrante sul, acabou
intensificando a corrente de retorno, o que aumentou o repuxo, como se fala
popularmente. Então, é sempre prudente olhar para o mar e ver onde estão as
ondas. Se tem onda, tem banco de areia e a profundidade varia de meio metro até
um metro. Já, onde não tem onda e só tem aquela espuma, a profundidade pode
chegar a três metros”, alertou o major Ben Hur.
COMO ESCAPAR DO REPUXO
Segundo o coordenador da Operação Golfinho, se a pessoa
acabou caindo em uma corrente de retorno, é muito importante que ela mantenha a
calma e tente nadar em diagonal, a favor da corrente, até chegar a uma área em
que existam ondas e bancos de areia. A partir daí, é possível esperar ondas
maiores e utilizá-las para chegar até a beira da praia, ou sinalizar para os
salva-vidas.
MAIS CUIDADO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Após 13 anos na área de prevenção no mar, o major observou
que os banhistas que mais preocupam os salva-vidas são os jovens. “A maioria
dos salvamentos são de crianças e adolescentes, então pedimos o cuidado dos
pais para ficarem de olho nas crianças, tem que ficar sempre atento com os
pequenos, porque, no momento em que uma criança some, a gente não sabe se ela
está na água ou na areia e isso é muito perigoso. Então, pedimos que fiquem de
olho nas crianças, para que umas férias não se transformem em uma tragédia. Já
os adolescentes, eles têm que ouvir mais os pais e os salva-vidas”.
ESPORTES NÁUTICOS
Além dos pequenos e dos jovens, outro público que também
aspira cuidado é os esportistas náuticos amadores. “Pessoas em cima de colchões
de ar, kit surf, stand-up, pranchas de surf e outros podem ser surpreendidos
por uma corrente e podem se ver em meio a um problema grande. Outro dia,
resgatamos uma moça com uma prancha de surf que foi levada mar adentro e foi
resgatada a 500m da beira da praia”, disse o major.
INGESTÃO DE ALIMENTOS E BEBIDAS
Em uma praia em que se tem o costume de comer e beber na
beira da água, se tem também o costume de se refrescar no mar, sem antes ter
feito a digestão, o que é muito perigoso. “Além de não ser recomendado entrar
no mar após ingerir bebidas alcoólicas, os veranistas também não devem entrar
no mar, pelo menos, 1hora e 30 minutos depois de se alimentarem, pelo risco de
indigestão que, quando ocorrida dentro d'água, pode ser fatal”, alertou.
VOCÊ TAMBÉM PODE AJUDAR
Ao concluir, o major Ben Hur pede o auxílio de todos. Ele
solicita, ainda, que, ao presenciar um resgate, a população utilize o número de
telefone 193. “Quando acontece um salvamento, os salva-vidas vão prontamente
para o mar, mas, diferentemente da guarita central [15] que está toda equipada,
as outras não contam com ambulâncias à disposição, então, se enquanto os homens
estiverem no mar realizando o salvamento, algum banhista já realizar a ligação
para o 193, isso agiliza muito o processo de atendimento, no caso desses
acidentes aquáticos”, concluiu.
COMUNICAÇÃO VISUAL
Bandeiras de guaritas e também, algumas vezes bandeiras
cravadas na beira da praia, são formas utilizadas pelos salva-vidas para
orientar os banhistas. Entenda o que significa cada uma:
- A bandeira VERDE indicará que o banho é
praticável, em condições moderadas, inexistência de buracos ou poucas formações
destes, com correntes fracas ou inexistentes.
- A bandeira AMARELA indicará a necessidade
de cuidados e atenção. Movimentos das águas com correntes médias e fortes,
caracterizados pela formação de ondas médias e formação de buracos.
- A bandeira VERMELHA, por sua vez, indicará
maior risco, uma vez que as águas do balneário apresentam movimentos
caracterizados por sucessivas ondas grandes, com formação de valas e forte
correnteza.
- A bandeira AZUL indicará que houve a
localização de pessoa perdida. Esta bandeira é hasteada juntamente com a de
outra cor, que indica as condições de segurança no balneário.
- A bandeira PRETA indicará a iminente
morte por afogamento ou por situações de extremo risco ao veranista, como
tempestades e descargas elétricas. Será utilizada nos balneários, quando o
local e as condições de segurança sejam afetadas, recomendando o afastamento
das pessoas.
- A bandeira PÚRPURA indicará a presença de
animais marinhos que, em contato com as pessoas, atentam contra a integridade
física dos usuários no balneário. Será utilizada nos balneários, quando
detectada a situação de risco e seja recomendando o afastamento das pessoas.
TOMADO D E AGORA DE RGS BR
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