São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, segundo os
pesquisadores, são as cidades que funcionam como eixo de disseminação para
outras regiões
AE Agência Estado
(foto: Carl de
Souza/AFP)
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP),
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade de Brasília
(UnB) afirmam que o novo coronavírus está se propagando
com uma velocidade maior do que a esperada e, por isso, acreditam que o número
de infectados pode ser maior do que as projeções iniciais.
O Ministério da Saúde divulgou, nesta
quarta-feira (25/3), que
o país já tem 57 mortes causadas pelo novo coronavírus e 2.433 casos confirmados.
Até a terça, a pasta registrava 46 mortos e 2.201 casos confirmados, o que
mostra um aumento de 24% de mortes e de 10% de casos oficiais de um dia para o
outro.
São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, segundo
os pesquisadores, são as cidades que funcionam como eixo de disseminação para
outras regiões. Eles também afirmam que os níveis de infecção serão agravados
conforme a transmissão sustentada continue e atinja regiões mais vulneráveis do
país.
Para quebrar esse ciclo de contaminação, eles
mencionam duas alternativas: a mitigação e a supressão. A mitigação
consiste no isolamento de casos suspeitos. Mas isso não necessariamente impede
a propagação, somente reduz o nível de demanda de assistência médica. Assim, só
utilizarão o sistema de saúde aqueles que realmente precisam. Já a supressão
consiste no isolamento social para reduzir o número de casos.
É a política que a maioria dos países tem adotado.
Quarentena em São Paulo
O decreto de quarentena do governador de São Paulo, João
Doria (PSDB), passou a valer na terça e, dessa forma, comércio e
serviços não essenciais devem permanecer fechados. Apenas bares, restaurantes e
cafés poderão funcionar apenas com serviços de delivery.
Segundo o governador, o Estado ainda tomaria "medidas policiais" para impedir aglomerações, como bailes funk e outros eventos de rua. A realização de missas, cultos e outras manifestações religiosas não é recomendada, mas não está vetada. O tucano se opõe ao presidente Jair Bolsonaro, que defendeu isolamento somente para idosos e pessoas de grupos de risco.
Segundo o governador, o Estado ainda tomaria "medidas policiais" para impedir aglomerações, como bailes funk e outros eventos de rua. A realização de missas, cultos e outras manifestações religiosas não é recomendada, mas não está vetada. O tucano se opõe ao presidente Jair Bolsonaro, que defendeu isolamento somente para idosos e pessoas de grupos de risco.
Tomado de correio brasiliense
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