TERCEIRA DOSE DE VACINA Covid-19: que países aprovaram terceira dose de vacina
O debate sobre essa medida ainda divide especialistas. Sem
um consenso sobre o tema, cada país tem adotado diferentes orientações sobre a
dose de reforço
BBC - Coronavirus
Com o avanço da variante Delta do coronavírus, alguns países consideram ou já começaram a ministrar uma terceira dose de vacina em sua população.
O debate sobre essa medida ainda divide especialistas. Sem
um consenso sobre o tema, cada país tem adotado diferentes orientações sobre a
dose de reforço.
Alguns, como Israel, estão ministrando as vacinas para
pessoas com mais de 50 anos; outros, como a Hungria, abriram para a população
em geral.
Ainda há os que oferecem doses só para quem recebeu uma
vacina específica, como o Chile.
Além disso, cada país tem escolhido um período de tempo
diferente para quando vai oferecer a terceira dose a seus cidadãos - as
decisões variam entre três a oito meses depois da segunda dose.
Enquanto isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS), pediu
uma moratória mundial para as terceiras doses de vacinas até setembro.
A OMS argumenta que é preciso priorizar os países que ainda
não conseguiram administrar doses à sua população, até que se chegue a ao menos
10% das pessoas vacinadas em todos os países, em vez de usar o suprimento
global para reforçar a vacinação internamente .
"Eu entendo a preocupação de todos os governos em
proteger seu povo da variante Delta. Mas não podemos aceitar países que já
usaram a maior parte do suprimento global de vacinas usando ainda mais",
disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
ReutersNações mais
pobres sofrem com aumento no número de casos e ainda não vacinaram uma
grande parcela de sua população
Veja que países já estão ou planejam oferecer doses de
reforço à população.
Rússia
A Rússia anunciou no começo de julho que havia começado a
administrar doses de reforço para pessoas imunizadas há mais de seis meses.
Isso aconteceu em meio a um aumento de casos de Covid-19 no país.
O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, disse que recebeu uma
dose de reforço e pediu aos moradores da cidade que fizessem o mesmo.
Moscou está oferecendo doses de reforço da Sputnik V,
produzida internamente. Outras regiões do país também estão começando a
oferecer terceiras doses.
Israel
Desde o fim de julho, Israel oferece terceiras doses da
vacina da Pfizer a pessoas com mais de 60 anos e a outros grupos vulneráveis.
Depois do início da campanha, o país incluiu também as
pessoas com mais de 50 anos.
Até agora, mais de um milhão de israelenses receberam o reforço,
em meio a uma alta de casos de Covid-19 no país.
A campanha de vacinação de Israel começou como uma das mais
bem-sucedidas no mundo.
As doses são oferecidas a pessoas que tenham sido vacinadas
há mais de cinco meses.
ReutersAté agora, mais de um milhão de israelenses receberam
o reforço, em meio a uma alta de casos de Covid-19 no país
Hungria
Primeiro país da Europa a ministrar a dose de reforço, a
Hungria disponibiliza a terceira dose desde o início de agosto para todos
aqueles que quiserem - quatro meses depois de terem tomado a segunda dose.
O governo recomenda uma mistura dos diferentes tipos de
vacina, mas anunciou que essa decisão ficará para os médicos. Há diversas
vacinas aprovadas pelo governo húngaro.
República Dominicana
A República Dominicana foi o primeiro país da América Latina
a anunciar, em 30 de junho, que iria oferecer uma terceira dose.
O país divide a ilha de Hispaniola com o Haiti, um dos últimos países a começar a vacinar sua população. O governo dominicano tenta acelerar seu programa de vacinação enquanto o vizinho vê casos crescerem.
Segundo as autoridades sanitárias do país, a terceira dose
aplicada no país será diferente da inicialmente administrada, com a ideia de
misturar vacinas produzidas por diferentes laboratórios.
Chile
Na semana passada, foi a vez do Chile começar a administrar
doses de reforço contra a Covid-19 àqueles já imunizados com a chinesa
Coronavac, que também foi ministrada no Brasil.
O alvo são cidadãos com 55 anos ou mais que tomaram a vacina
antes de 31 de março, ou seja, há cerca de quatro meses. Eles receberão uma
nova dose da AstraZeneca.
Pacientes imunodeprimidos receberão uma dose extra da
Pfizer.
Uruguai
O Ministério da Saúde do Uruguai começou nesta semana a
oferecer terceiras doses para aqueles que receberam a Coronavac.
A dose de reforço será da Pfizer, administrada ao menos 90
dias depois da segunda dose da vacina inicial.
Emirados Árabes Unidos
Os Emirados Árabes Unidos começaram a oferecer em junho
doses de reforço para os imunizados com a vacina da Sinopharm, da China.
O país oferece vacinas da Pfizer e da Sinopharm como
terceira dose.
Também anunciaram, sem especificar datas, que vão oferecer
doses de reforço para a população em geral, não que foi necessariamente
inoculada com a vacina da Sinopharm, seis meses após a segunda dose para a
população em geral ou três meses após a segunda dose para pessoas mais
vulneráveis.
Bahrein
O pequeno país insular do Golfo Pérsico começou a oferecer
doses de reforço da vacina da Pfizer para os imunizados seis meses antes com
duas doses da vacina da Sinopharm.
O país está lutando contra uma onda de casos de coronavírus,
mesmo com uma alta taxa de vacinação.
Estados Unidos
Na última quarta-feira (18/8), o governo americano afirmou
que planeja oferecer a terceira dose de vacina a todos os americanos a partir
de 20 de setembro.
A dose será administrada àqueles que se vacinaram com a
segunda dose da Pfizer e da Moderna há pelo menos oito meses.
As autoridades de saúde disseram que quem recebeu a dose
única de Johnson & Johnson também precisará, provavelmente, de doses
extras, mas estão aguardando mais dados.
Getty/PATRICK T. FALLONOs reforços nos EUA serão
inicialmente dados apenas para aqueles que foram vacinados no final de 2020 e
início de 2021
Reino Unido
Um esquema de reforço vacinal no Reino Unido terá início
provavelmente em setembro, declarou nesta quinta (19/8) o ministro da Saúde
britânico, Sajid Javid.
Ele disse não ter certeza da data exata de início, já que o
governo esperava pelo parecer final do Comitê Conjunto de Vacinação e
Imunização antes de seguir em frente.
Segundo Javid, os "mais vulneráveis" receberão a
terceira dose primeiro.
Ainda não se sabe se o reforço será para todos os adultos ou
apenas alguns grupos mais vulneráveis.
Alemanha
A partir de setembro, a Alemanha vai administrar um reforço
da vacina Pfizer ou Moderna a idosos, residentes em lares de idosos e pessoas
com sistema imunológico comprometido.
Além disso, o país deseja ministrar doses extra a qualquer
pessoa que já tenha sido totalmente vacinada com a AstraZeneca ou a dose única
da Johnson & Johnson.
"Estaremos preparados para o outono", disse Klaus
Holetschek, o ministro da saúde da Baviera que fez o anúncio em nome de todos
os 16 ministros da saúde do estado alemão.
Ele disse ainda estar esperando que a ciência "gere
dados ainda mais confiáveis ??para nos ajudar a otimizar" a estratégia de
vacinação.
França
A França pretende administrar doses de reforço a todos os
idosos e vulneráveis ??a partir de setembro.
"Uma terceira dose provavelmente será necessária, não
para todos imediatamente, mas em qualquer caso para os mais vulneráveis ??e os
mais idosos", disse o presidente Emmanuel Macron em sua conta no Instagram.
Camboja
O Camboja agora vai oferecer novas doses para quem foi
vacinado com as vacinas da Sinovac e da Sinopharm, ambas de laboratórios
chineses.
Eles receberão uma nova dose da AstraZeneca, e, vice-versa,
aqueles que haviam recebido doses da AstraZeneca receberão uma dose da vacina
da Sinovac como reforço.
Indonésia
No início de agosto, a Indonésia começou a administrar a
terceira dose da vacina em profissionais de saúde em todo o país, que em sua
maioria tinham recebido doses da vacina da Sinovac.
Eles estão recebendo doses da vacina da Moderna.
TOMADO DE CORREIO BRAZILIENSE
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