Rio Grande do Sul lança novo Atlas Eólico - Medição atualizada indica potencial de 102,3 GW à
altura
de 100 metros LEANDRO
CARVALLO Publicação traz informações do regime de ventos, como intensidade e
direção, possibilitando identificar os potenciais de aproveitamento da energia
eólica
Um panorama atualizado do potencial gaúcho de produção de
energia a partir de fonte eólica foi lançado no Palácio Piratini com a presença
do governador Tarso Genro. Medições realizadas em 70 torres evidenciaram que,
com ventos maiores ou iguais a 7m/s, o potencial gaúcho é de 102,3 GW à altura
de 100 metros e de 245,3 GW extrapolado para a altura de 150 metros. “Está
consubstanciada uma política de extrema importância para o Rio Grande do Sul.
Este trabalho mudou completamente a perspectiva econômica desenvolvimentista
industrial do Estado”, disse o governador na solenidade. O novo Atlas Eólico do
Rio Grande do Sul é resultado de uma parceria entre a Agência Gaúcha de
Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI) e a Eletrosul. “O potencial
identificado no primeiro atlas permitiu ao Estado formar um dos principais
parques geradores do país e tornar-se referência no setor. A ampliação das
oportunidades nos levará ainda mais longe”, afirmou o secretário de Desenvolvimento
e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik. A publicação traz ainda outras informações do regime de
ventos, como intensidade e direção, possibilitando identificar os potenciais de
aproveitamento da energia eólica e elaborar estudos preliminares de viabilidade
nos locais mais adequados. “Com esses dados, investidores em Energia Eólica,
que é um dos 23 setores estratégicos da Política Industrial, poderão vislumbrar
as áreas mais promissoras para seus empreendimentos, o que certamente irá
facilitar e acelerar a tomada de decisão”, disse o presidente da AGDI, Ivan De
Pellegrin. Executado pela empresa Camargo Schubert, com larga experiência no
setor, o Atlas Eólico representa um importante salto tecnológico em relação a
outros estudos existentes. “A resolução final de mapeamento, de 200 metros x
200 metros, significa um nível de detalhamento 25 vezes superior ao apresentado
na versão anterior e na brasileira”, explicou o coordenador de Energias e
Comunicações da AGDI, Eberson Silveira. Além dos dados da Eletrosul e do atlas
de 2002, foram utilizados pela Camargo Schubert informações fornecidas por
outras 21 empresas do setor – resultado de parcerias técnicas firmadas entre a
AGDI e as companhias, por meio de termos de adesão. Para o diretor de Engenharia
e Operação da Eletrosul e coordenador das duas edições, Ronaldo dos Santos
Custódio, a revisão era necessária, pois ao longo de 12 anos houve evoluções
tecnológicas nos modelos meteorológicos que fazem as estimativas, além do
conhecimento técnico adquirido nesse período, a partir das campanhas de medição
de ventos e da operação efetiva de parques eólicos. “Todo o banco de dados de
medição da Eletrosul foi utilizado, o que já seria suficiente para elaborar o
atlas. No entanto, o Governo do Estado conseguiu mobilizar todo o setor eólico
do Rio Grande do Sul, que também forneceu suas informações, enriquecendo ainda
mais esse trabalho”, afirmou Custódio. O potencial gaúcho corresponde a
produções energéticas anuais estimadas em 382 TWh, a 100 metros, e 911 TWh, a
150 metros. Como comparação, o parque gerador brasileiro, hoje com 133 GW,
incluindo todas as fontes, gerou 570 TWh no ano de 2013. Além disso, esse
potencial permite comparar ainda com outros Estados brasileiros nos quais
também há medição a 100 metros de altura, como Bahia (70,1 GW), Minas Gerais
(39 GW) e Rio Grande do Norte (27,1 GW). Um dos diferenciais desse trabalho é a
avaliação do potencial eólico por municípios, micro e meso regiões com
potencial maior que 30 MW, destacou o presidente da Eletrosul, Eurides
Mescolotto, na solenidade. “É uma satisfação produzir para o Rio Grande do Sul,
para o seu futuro e sua história, algo tão importante”, afirmou Mescolotto. As
regiões mais promissoras são Sudoeste, com 43,20 GW, e Sudeste, com 37,99 GW. Sobressaem-se
municípios como Santa Vitória do Palmar (9,99 GW), Uruguaiana (7,24) e Alegrete
(7,05). Nesta edição, também foram excluídas as áreas nas quais não
é possível instalar parques eólicos, como reservas ambientais, por exemplo.
Isso proporcionou um refinamento maior da informação. Outra novidade foi a
inclusão de áreas offshore (sobre o mar), com dados da plataforma continental
gaúcha. Além disso, foi realizado um mapeamento georreferenciado de linhas de
transmissão e subestações, a partir de 69 kV.
Atualmente, o Rio Grande do Sul conta com 634 MW instalados
em 23 parques eólicos. Em função dos leilões de energia já realizados, até 2018
o Estado terá potência instalada de 2.053,9 MW, em 91 parques – totalizando
investimento de R$ 8,6 bilhões TOMADO DE AGORA DE RGS BR
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