Pacientes se recuperam em UTI do hospital de campanha do
Anhembi, em São Paulo, no último dia 1º Foto: MIGUEL SCHINCARIOL / STR
Extra
O número de casos confirmados de Covid-19 no Brasil subiu para 1.628.283, indica o
boletim das 8h do consórcio de veículos de imprensa formado por EXTRA, O Globo,
G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo nesta terça-feira. Os números
são consolidados a partir das secretarias estaduais de Saúde. O total de óbitos
é de 65.631.
As estatísticas da pandemia no Brasil são divulgadas três
vezes ao dia. O próximo levantamento será divulgado às 13h. A iniciativa dos
veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados
pelo Ministério da Saúde na gestão do interino Eduardo Pazuello.
Desde o último boletim fechado, às 20h da última
segunda-feira, foram notificados 2.212 novos casos de Covid-19 e 75 mortes a
mais pela doença. Os números foram atualizados pelas secretarias de Saúde do
Ceará, Piauí, Goiás e Roraima. Ontem, o país chegou oficialmente à marca
de 65 mil óbitos.
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Aulas esvaziadas
Após quase quatro meses de suspensão das aulas presenciais
por causa da pandemia de Covid-19, escolas privadas de duas cidades do país,
Manaus (AM) e Duque de Caxias (RJ), foram autorizadas a reabrir. Tiveram,
porém, baixa adesão de pais e alunos, que preferiram ficar em casa
para evitar os riscos de pegar — e transmitir — o coronavírus. Na rede pública
dos dois estados, ainda não há previsão para a volta.
Manaus entrou no quarto ciclo de retomada das atividades
após queda no número de contágios e na taxa de ocupação de leitos de Unidade de
Terapia Intensiva (UTI), de 90% para 45%. O Amazonas registrou até agora 2.938
mortes e 76.427 casos. Em todo o país, até agora, são 65.556 óbitos e 1.626.071
casos de infecção pelo novo coronavírus, segundo levantamento do consórcio de
veículos de imprensa formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O
Estado de S. Paulo.
Em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a volta às aulas
presenciais foi anunciada enquanto os números no município crescem em
velocidade cada vez maior. A cidade, com 3.360 casos, é a terceira do estado
com maior número de mortos, 456. A decisão para reabertura das escolas, por
decreto, foi do prefeito Washington Reis, mas a maior parte das instituições
escolheu permanecer fechada.
Estudo com plasma
Um estudo elaborado pelo Instituto Estadual do Cérebro
(IEC), à espera de publicação em revista científica, apontou tendência de redução da taxa de mortalidade da
Covid-19 com o tratamento de plasma de convalescente. O trabalho analisou 113
pacientes de Covid-19 internados em UTI e não randomizados. Ou seja, seus casos
foram comparados, mas a escolha não foi aleatória, como nos estudos
randomizados, o que permitiria estudar sem qualquer viés a resposta do paciente
ao tratamento.
Receberam infusão de plasma de convalescente 41 pacientes.
Os outros 72 não receberam plasma e seus casos foram considerados apenas para
comparação. A média de idade dos pacientes foi de 58 anos, 61% homens e 39%
mulheres. Dos 41 que receberam plasma com anticorpos apenas sete não usaram
ventilação mecânica. Esses sete sobreviveram.
Após 14 dias de internação, 42% dos que não receberam plasma
de convalescente morreram. Entre os que receberam a infusão, o percentual de
mortos foi de 29%. Depois de 28 dias, porém, a diferença foi reduzida: 56% dos
que não receberam plasma morreram; 49% dos tratados com a infusão faleceram.
Contaminação pelo ar
Cerca de 240 especialistas de 32 países assinaram uma carta
aberta e que será veiculada na revista americana Clinical Infectious Diseases,
na semana que vem, afirmando que há evidências de que o novo coronavírus, mesmo
em partículas menores, está no ar e pode infectar as pessoas.
Eles pedem que a Organização Mundial da Saúde (OMS) revise as recomendações sobre contaminação, segundo publicação no
jornal The New York Times, deste sábado.
Na atualização mais recente lançada sobre a doença, no dia
29 de junho, a OMS, afirmou que o novo coronavírus se espalha principalmente de
pessoa para pessoa por meio de pequenas gotas expelidas pelo nariz ou boca,
após tosse, espirro ou simplesmente uma fala.
Em entrevista ao jornal New York Times, cientistas e
consultores da OMS disseram que a OMS, apesar das boas intenções, está fora de
sintonia com a ciência e que, principalmente, seu comitê de prevenção e
controle de infecções é lento na atualização de orientações e está vinculado a
uma visão rígida e excessivamente médica das evidências científicas.
Tomado de envio de extra de br
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