jueves, 26 de junio de 2014

EÓLICA EN RÍO GRANDE DO SUL BRASIL


 Energia eólica em Rio Grande é tema do "Tá em Pauta" Leandro Carvalho
Diretor da Epcor Energia, Nilo Quaresma Junior, foi o palestrante da reunião-almoço
O diretor da Epcor Energia, Nilo Quaresma Junior, foi o palestrante da reunião-almoço “Tá em Pauta”, promovida nesta quarta-feira (25) pela Câmara de Comércio e RBS,  tratando do tema energia eólica. Na oportunidade, ele comentou que o interesse no desenvolvimento desse tipo de energia, renovável e produzida a partir da força do vento, surgiu na década de 70, em função da crise do petróleo, quando houve a necessidades de se investir em uma forma de energia alternativa, mais barata. De acordo com Quaresma, somente 1% da energia produzida no mundo é gerada pelo vento, a estimativa é que em 2020, 12% da energia gerada no planeta seja eólica. O palestrante abordou também a evolução tecnológica dos aerogeradores. Segundo ele, as primeiras unidades mediam cerca de 50m e tinham capacidade geradora de 1MW. Os aerogeradores produzidos hoje medem cerca de 100m e possuem o dobro da capacidade.
 Brasil
No Brasil, 2,4% do potencial de energia eólica é aproveitado. Os empreendimentos eólicos estão instalados nas regiões nordeste e sul do País. Conforme Quaresma, o nordeste tem ventos mais constantes, mas no sul a conexão elétrica é mais confiável. Além disso, ele explicou que as baixas temperaturas do inverno no sul também têm mais energia pela densidade do ar que aumenta no período. “No País, os investidores estão migrando para o sul, principalmente pela capacidade do nosso sistema elétrico”, ressaltou.
RS possui 11% do potencial eólico
Desde 2009, Quaresma contou que 7 mil GW em projetos foram contratados no Brasil. Desses, 75% foram contratados através de leilão pelo Governo Federal e 25% foram contratados no mercado livre, por grandes consumidores. No Rio Grande do Sul, 868 MW foram contratados e outros 650MW estão em construção. No Brasil são 7.014MW contratados e 3.011MW em construção.
De acordo com o palestrante, o RS possui 11% do potencial eólico do Brasil e Rio Grande possui 10% do potencial do RS. A capacidade do Município, segundo Quaresma, é de 11,5GW, respeitando-se as restrições ambientais, a capacidade cai para 2GW. Para abastecer uma cidade como Rio Grande são necessários cerca de 90MW, mas a energia produzida aqui é distribuída para todo o Brasil, assim como acontece com todos os empreendimentos eólicos contratados pelo Governo Federal.
Fabricação de aerogeradores
Respondendo a uma pergunta do presidente da Câmara de Comércio, Renan Lopes, sobre a possibilidade de se construir aerogeradores na região, Quaresma explicou que pela quantidade de projetos em andamento (que juntos poderão gerar 2 mil MW) e também pela facilidade de ter um porto na cidade, isso pode ser viável. “Se houver força política de convite aos fabricantes pode ser que se tenha êxito”, opinou.
Segundo Quaresma, a única empresa nacional que produz aerogeradores é a Weg, com sede em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. Conforme o palestrante, os 25 aerogeradores que compreendem o complexo eólico do Povo Novo, serão produzidos pela Weg e terão capacidade geradora de 2,1MW cada um. Já os aerogeradores que já estão instalados no Complexo Eólico do Senandes, com capacidade de 2MW não são de fabricação nacional. Além da capacidade geradora, o material da base dos aerogeradores diferem de um empreendimento para outro. As unidades do Povo Novo terão base tubular de aço, já as unidades do Senandes possuem estrutura de concreto.
 Burocracia
Para que se viabilize a instalação de um parque eólico, são necessários vários trâmites burocráticos. O palestrante explicou que antes de participar do leilão de energia, são necessários três anos de medição do vento. Depois de vencer o leilão, os empreendimentos têm três anos para começar a produzir energia. Quando o prazo não é respeitado, Quaresma disse que são cobradas multas exorbitantes. Desse prazo de três anos para a instalação, o primeiro ano normalmente é voltado para a liberação da licença de instalação, restando apenas dois anos para as obras. O palestrante explicou que, além do tempo, há um investimento muito alto, já que uma licença de instalação custa em média R$1 milhão.
 Epcor em Rio Grande
A Epcor Energia está desenvolvendo em Rio Grande o Complexo Eólico do Povo Novo (em fase inicial) e o complexo eólico do Senandes (em fase final). O Complexo Eólico do Povo Novo, adquirido pela CEEE, venceu leilão de energia A-3 do Governo Federal em novembro do ano passado. O empreendimento compreende três centrais geradoras eólicas (CGE Fazenda Vera Cruz – 22,5MW, CGE Curupira - 25MW e CGE Povo Novo – 7,5MW) com 25 aerogeradores ao todo e terá uma potência instalada de 55MW (suficiente para alimentar uma cidade com cerca de 200 mil habitantes). Este empreendimento ainda está em fase de liberação da licença para a instalação.
Já o Complexo Eólico do Corredor do Senandes, adquirido pela Odebrecht Energia, possui capacidade geradora de 108MW. Este projeto, assim como os parques eólicos do Bolaxa e Stella Maris (que juntos possuem potência instalada de 64MW), já está em fase final, com prazo para entrega da energia para o próximo mês de julho. Junto ao empreendimento do corredor do Senandes, está habilitado para participar do próximo leilão um projeto para gerar mais 72MW. A Epcor está ainda com cinco torres de medição de vento instaladas no Município. Se todos os projetos forem habilitados e vencerem os próximos leilões de energia, somados aos demais empreendimentos da empresa, que já estão em andamento, calcula-se que, em cerca de cinco anos, as unidades eólicas poderão gerar em torno de 1.200 MW de energia ao todo. Por Tatiane Fernandes TOMADO DE AGORA DE RGS BR 

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