De acordo com o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o médico pediatra Renato Kfouri, quem não conseguiu tomar a segunda dose no momento agendado deve tomar assim que possível
AB Agência Brasil
(crédito: Tânia
Rêgo/Agência Brasil)
Com relatos de atrasos da segunda dose da vacina contra o
covid-19 em alguns estados, especialistas orientam a população a completar a
imunização, mesmo depois do prazo recomendado pelo laboratório.
De acordo com o diretor da Sociedade Brasileira de
Imunizações (SBIm), o médico pediatra Renato Kfouri, quem não conseguiu tomar a
segunda dose no momento agendado deve tomar assim que possível.
Kfouri frisou ainda que nenhuma dose é perdida.
"Nestes casos, onde o atraso ocorreu, essa vacinação
deve acontecer o mais rápido possível, para que esse esquema seja finalizado o
quanto antes. Não há nenhuma informação de que doses aplicadas e que
eventualmente não completadas sejam perdidas, muito pelo contrário, o que as
vacinas nos ensinam ao longo de décadas de sua utilização, é que nenhuma dose é
perdida, o esquema começado só deverá ser completado, jamais reiniciado",
frisa o médico.
Essa é também é a orientação do Ministério da Saúde, que
reforça a importância de se completar o esquema vacinal para assegurar a
proteção adequada contra a doença. As recomendações estão em uma nota técnica, divulgada no fim de abril pelo Programa
Nacional de Imunizações (PNI).
Esquema vacinal
O médico destaca ainda que a segunda dose não é um reforço,
mas um esquema vacinal. "Uma dose só não é suficiente para garantir a
imunização, duas doses são necessárias para todas as vacinas [aplicadas no
Brasil]. Então não se trata de uma dose de reforço, a segunda dose não é um
reforço de uma proteção conferida pela primeira dose, é uma segunda dose que
completa o esquema de duas doses. Jamais considere-se protegido após uma única
dose, seja da Astrazeneca, da Pfizer ou da Coronavac".
Quanto aos intervalos, Kfouri esclarece que os intervalos
maiores, de 90 dias, permitidos para as vacinas da Astrazeneca e da Pfizer é
baseado em estudos. "Esses estudos demostraram que a proteção conferida
após a primeira dose, ou seja, a eficácia interdoses foi aceitável acima de
70%, se manteve por esses três meses, isso possibilitou a utilização de
intervalo maior, mantendo essas pessoas protegidas enquanto não recebem a
segunda dose. Com a CoronaVac não há dados de eficácia da vacina após a
primeira dose, por isso o limite é menor, do intervalo entre a primeira e a
segunda de 28 dias, e o risco de atraso acaba sendo maior, mas todas elas devem
ser feitas dentro do prazo estipulado".
Kfouri convoca as pessoas que ainda não tomaram a segunda
dose para se vacinarem. "Faça o quanto antes, evite atrasos mais longos,
complete o esquema e não há necessidade de recomeçá-lo. Essa é a orientação do
Ministério da Saúde, da Sociedade Brasileira de Imunizações que faz com que
você fique em dia, protegido e vacinado", finaliza o médico.
Tomadode correio braziliense
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