Governo admite estar 'de mãos atadas' diante da ameaça da biopirataria
Publicada em 21/04/2011 às 00h45m
Emanuel Alencar
RIO - O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério de Meio Ambiente e presidente do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGen), Bráulio Dias, admitiu que o governo está "de mãos atadas" diante da escalada da coleta ilegal de material genético da biodiversidade brasileira, prática conhecida como biopirataria. Na opinião de Dias, a ausência de uma marco regulatório para coibir este ainda incalculável prejuízo aos cofres públicos e ao meio ambiente torna inviável um cerco à biopirataria.
Atualmente, atuação do órgão ambiental federal está limitada à Medida Provisória 2.186, editada há dez anos. E para o executivo, a MP está "cheia de imperfeições", como, por exemplo, não definir de que forma os royalties podem ser pagos pelas indústrias.
- Esta MP não devia estar mais em vigência. Urge ser substituída por uma lei. A medida tem várias imperfeições que nos impede de combater a biopirataria de maneira adequada. Hoje, trabalhamos com os pedidos que chegam ao CGen, caso a caso. A leitura que fazemos é que o valor que está sendo pago pelas empresas à União está muito baixo. Estamos de mãos atadas. O Peru, por exemplo, estipula royalty de 20% do total do lucro das empresas. Não podemos ser tão restritivos, isso é inviável. Mas pensar em um percentual fixo pode ser interessante.
Bráulio Dias cita o envio de toneladas de plantas chamadas de "sempre-viva" (syngonanthus elegans) todos os anos para a Alemanha como um dos problemas graves a serem enfrentados pelo Brasil. A espécie é endêmica e está ameaçada de extinção. Questionado se um dos gargalos é a falta de profissionais de fiscalização do Ibama, ele respondeu não ter conhecimento de falta de profissionais:
Conforme O GLOBO publicou na quarta-feira, mais de100 instituições de pesquisa e empresas dos ramos farmacêutico, alimentício, agropecuário, cosmético, novos materiais e de perfumaria já foram notificadas a apresentar informações e documentos que comprovem a regularidade de suas atividades sobre elementos da biodiversidade brasileira.
Bráulio Dias acrescenta que muitos pesquisadores não deixam de ter razão quando reclamam que pesquisas acadêmicas sérias estão sendo prejudicadas com a falta de clareza da lei:
- Se somos o país mais rico em biodiversidade do mundo, temos que prover um retorno para a sociedade. A MP é muito burocrática e não cria estímulos para pesquisas. Temos que punir, sim. Mas também estimular.
Gobierno admite que 'las manos atadas a la amenaza de la biopiratería
Publicado el 21/04/2011 a las 00h45m
Emanuel Alencar
RIO - El secretario de Biodiversidad y Bosques del Ministerio de Medio Ambiente y el Presidente de la Dirección de Patrimonio Genético (CGEN), Braulio Dias, admitió que las manos del gobierno están atadas ", debido a la escalada de la recolección ilegal de la biodiversidad genética la práctica de Brasil se conoce como biopiratería. Según Díaz, la ausencia de un marco regulador para reducir este daño aún incalculables al sector público y el medio ambiente inviable un sitio de la biopiratería.
En la actualidad, la acción de la agencia federal del medio ambiente se limita a la Medida Provisional 2.186, publicado hace diez años. Y para el ejecutivo, el MP es "llena de imperfecciones", como, por ejemplo, no define cómo los derechos de autor pueden ser pagados por las industrias.
- Este diputado no debe ser más largo en efecto. Instar a ser reemplazado por una ley. La medida tiene varios defectos que nos impiden la lucha contra la biopiratería correctamente. Hoy en día, trabajamos con la entrada de pedidos CGEN un caso. Nuestra lectura es que la cantidad que pagan las empresas a la Unión es muy baja. Nuestras manos están atadas. Perú, por ejemplo, dispone de stock de 20% de los beneficios totales de la empresa. No podemos ser tan restrictivo, que no es factible. Pero pensar en un porcentaje fijo puede ser interesante.
Braulio Dias cita el envío de toneladas de plantas llamadas "siempre verde" (elegans Syngonanthus) cada año a Alemania como uno de los principales problemas que enfrenta Brasil. La especie es endémica y en peligro de extinción. Consultado sobre si uno de los cuellos de botella es la falta de supervisión profesional de IBAMA, que no se dice consciente de la falta de profesionales:
De acuerdo a O Globo publicó el miércoles, la mayoría van de 100 instituciones de investigación y empresas en las áreas farmacéutica, alimentaria, agrícola, fragancia cosmética, y los nuevos materiales ya han sido notificados de presentar información y documentos que prueben la legalidad de sus actividades en los elementos de la biodiversidad Brasil.
Braulio Dias añade que muchos investigadores no dejan de tener razón cuando afirman que la investigación académica seria se ve obstaculizado por la falta de claridad en la ley:
- Si usted es el país más rico en biodiversidad en el mundo, debemos proporcionar un retorno a la sociedad. El MP es muy burocrático y no crea incentivos para la investigación. Tenemos que castigar, sí. Pero también estimulante.
Tomado de O GLOBO
Publicada em 21/04/2011 às 00h45m
Emanuel Alencar
RIO - O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério de Meio Ambiente e presidente do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGen), Bráulio Dias, admitiu que o governo está "de mãos atadas" diante da escalada da coleta ilegal de material genético da biodiversidade brasileira, prática conhecida como biopirataria. Na opinião de Dias, a ausência de uma marco regulatório para coibir este ainda incalculável prejuízo aos cofres públicos e ao meio ambiente torna inviável um cerco à biopirataria.
Atualmente, atuação do órgão ambiental federal está limitada à Medida Provisória 2.186, editada há dez anos. E para o executivo, a MP está "cheia de imperfeições", como, por exemplo, não definir de que forma os royalties podem ser pagos pelas indústrias.
- Esta MP não devia estar mais em vigência. Urge ser substituída por uma lei. A medida tem várias imperfeições que nos impede de combater a biopirataria de maneira adequada. Hoje, trabalhamos com os pedidos que chegam ao CGen, caso a caso. A leitura que fazemos é que o valor que está sendo pago pelas empresas à União está muito baixo. Estamos de mãos atadas. O Peru, por exemplo, estipula royalty de 20% do total do lucro das empresas. Não podemos ser tão restritivos, isso é inviável. Mas pensar em um percentual fixo pode ser interessante.
Bráulio Dias cita o envio de toneladas de plantas chamadas de "sempre-viva" (syngonanthus elegans) todos os anos para a Alemanha como um dos problemas graves a serem enfrentados pelo Brasil. A espécie é endêmica e está ameaçada de extinção. Questionado se um dos gargalos é a falta de profissionais de fiscalização do Ibama, ele respondeu não ter conhecimento de falta de profissionais:
Conforme O GLOBO publicou na quarta-feira, mais de100 instituições de pesquisa e empresas dos ramos farmacêutico, alimentício, agropecuário, cosmético, novos materiais e de perfumaria já foram notificadas a apresentar informações e documentos que comprovem a regularidade de suas atividades sobre elementos da biodiversidade brasileira.
Bráulio Dias acrescenta que muitos pesquisadores não deixam de ter razão quando reclamam que pesquisas acadêmicas sérias estão sendo prejudicadas com a falta de clareza da lei:
- Se somos o país mais rico em biodiversidade do mundo, temos que prover um retorno para a sociedade. A MP é muito burocrática e não cria estímulos para pesquisas. Temos que punir, sim. Mas também estimular.
Gobierno admite que 'las manos atadas a la amenaza de la biopiratería
Publicado el 21/04/2011 a las 00h45m
Emanuel Alencar
RIO - El secretario de Biodiversidad y Bosques del Ministerio de Medio Ambiente y el Presidente de la Dirección de Patrimonio Genético (CGEN), Braulio Dias, admitió que las manos del gobierno están atadas ", debido a la escalada de la recolección ilegal de la biodiversidad genética la práctica de Brasil se conoce como biopiratería. Según Díaz, la ausencia de un marco regulador para reducir este daño aún incalculables al sector público y el medio ambiente inviable un sitio de la biopiratería.
En la actualidad, la acción de la agencia federal del medio ambiente se limita a la Medida Provisional 2.186, publicado hace diez años. Y para el ejecutivo, el MP es "llena de imperfecciones", como, por ejemplo, no define cómo los derechos de autor pueden ser pagados por las industrias.
- Este diputado no debe ser más largo en efecto. Instar a ser reemplazado por una ley. La medida tiene varios defectos que nos impiden la lucha contra la biopiratería correctamente. Hoy en día, trabajamos con la entrada de pedidos CGEN un caso. Nuestra lectura es que la cantidad que pagan las empresas a la Unión es muy baja. Nuestras manos están atadas. Perú, por ejemplo, dispone de stock de 20% de los beneficios totales de la empresa. No podemos ser tan restrictivo, que no es factible. Pero pensar en un porcentaje fijo puede ser interesante.
Braulio Dias cita el envío de toneladas de plantas llamadas "siempre verde" (elegans Syngonanthus) cada año a Alemania como uno de los principales problemas que enfrenta Brasil. La especie es endémica y en peligro de extinción. Consultado sobre si uno de los cuellos de botella es la falta de supervisión profesional de IBAMA, que no se dice consciente de la falta de profesionales:
De acuerdo a O Globo publicó el miércoles, la mayoría van de 100 instituciones de investigación y empresas en las áreas farmacéutica, alimentaria, agrícola, fragancia cosmética, y los nuevos materiales ya han sido notificados de presentar información y documentos que prueben la legalidad de sus actividades en los elementos de la biodiversidad Brasil.
Braulio Dias añade que muchos investigadores no dejan de tener razón cuando afirman que la investigación académica seria se ve obstaculizado por la falta de claridad en la ley:
- Si usted es el país más rico en biodiversidad en el mundo, debemos proporcionar un retorno a la sociedad. El MP es muy burocrático y no crea incentivos para la investigación. Tenemos que castigar, sí. Pero también estimulante.
Tomado de O GLOBO
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