Para OMS, Rio e São Paulo não podem comparar qualidade do ar
Renato Grandelle
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2011/09/27/para-oms-rio-sao-paulo-nao-podem-comparar-qualidade-do-ar-925459098.asp#ixzz1ZFI9Vsys
Tomado de O Globo Br
Renato Grandelle
....RIO - A picuinha entre Rio e São Paulo - estimulada por um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), que considerou a Cidade Maravilhosa mais poluída do que a Terra da Garoa - não comoveu o gaúcho Carlos Dora, responsável pelo levantamento. Dora admite ser difícil comparar as duas metrópoles, que teriam adotado metodologias diferentes para medir a qualidade do ar.
- Pode ser que uma delas tenha sido mais precisa do que a outra neste trabalho - pondera. - Usamos dados repassados por cada cidade. Não podemos entrar em todas elas. E, além disso, há uma margem de erro, por causa dos equipamentos usados. O que queremos é apenas dar uma ideia geral. Pessoalmente, não sei qual das duas seria mais poluída. Coordenador do Departamento de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS, Dora afirma conhecer "por alto" medidas tomadas pelo Rio para melhorar a qualidade do ar, principalmente na área de transporte. A cidade, porém, não foi a única a levar um puxão de orelhas do gaúcho. O país inteiro saiu-se mal, registrando 40 microgramas por metro cúbico (µg/m3) de partículas PM10, causadoras de problemas respiratórios, nos céus de metrópoles de quatro estados. Trata-se do dobro da concentração tolerada pela entidade.
- Apenas 11 dos 91 países em que recolhemos dados já contam com o índice de PM10 que recomendamos - lamenta Dora. - Cerca de 1,3 milhão de pessoas morrem anualmente no mundo devido à poluição urbana. Quando o país reduz a poluição a 20 µg/m3, como recomendamos ao Brasil, o número de óbitos cai 6%. É uma economia considerável à saúde pública.
Os métodos adotados por cada uma das cerca de 1.100 cidades presentes no levantamento são diferentes e dificultam comparação entre elas, mas cada uma pode se inspirar nos projetos bem sucedidos nas outras. As metrópoles britânicas, nos anos 50, estavam entre as mais poluídas do mundo; após a criação da Lei do Ar Limpo, no início da década seguinte, tornaram-se uma referência no combate à poluição atmosférica.
Segundo Dora, a presença tímida de cidades chinesas no ranking pode ser explicada pela falta de interesse daquele país em investir no meio ambiente.
- Ou, então, esses dados têm sido divulgados em uma forma que não é internacionalmente aceitável - opina. - A Rússia também publica índices que não sabemos associar com as consequências na saúde pública. Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2011/09/27/para-oms-rio-sao-paulo-nao-podem-comparar-qualidade-do-ar-925459098.asp#ixzz1ZFI9Vsys
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