A Rio+20 insere-se no contexto dos esforços de diferentes atores sociais, sobretudo nas três últimas décadas, para associar as agendas de desenvolvimento e meio ambiente.
Entre as décadas de 1960 e 1980, cientistas, movimentos sociais, ambientalistas e um
punhado de políticos e funcionários públicos denunciaram os problemas ecológicos e sociais das economias herdeiras da Revolução Industrial. Em resposta à crescente preocupação pública com os efeitos negativos do modelo industrial, a Organização das Nações Unidas (ONU) iniciou um ciclo de conferências, consultas e estudos para alinhar as nações em torno de princípios e compromissos por um desenvolvimento mais inclusivo e harmônico com a natureza.
Após quase quatro décadas da realização da Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente
Humano, realizada em Estocolmo (1972), a primeira a associar de forma consistente questões ambientais ao Desenvolvimento Sustentável na pauta internacional, o mundo possui centenas de convenções, protocolos, declarações e legislações nacionais para reverter o quadro de agravamento nas condições ambientais e sociais e desequilíbrios socioeconômicos entre países do Norte e do Sul. Novos e estratégicos atores, como as empresas, entraram no debate, muitos sob o alerta emitido em 2007 pelo 4º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC). O desafo é colocar em prática o que foi acordado na arena diplomática e acelerar a transição para uma economia de baixo carbono e socioambientalmente sustentável, que será um dos principais temas da Rio+20.
HISTORIA
Terminada a Segunda Guerra Mundial, em 1945, as políticas de desenvolvimento con-
centraram-se inicialmente na reconstrução da Europa e do Japão, arrasados pelo maior
confito armado do século XX. As duas potências vencedoras, Estados Unidos e União
Soviética, investiram na retomada econômica de seus antigos e novos aliados, que se torna-
riam peças fundamentais no xadrez da Guerra Fria. Para recuperar a economia capitalista do pós-guerra, foram criadas em 1944 as duas instituições do Acordo de Bretton Woods: o
Fundo Monetário Internacional e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvol-
vimento (Bird), que viria a compor o Grupo Banco Mundial com outras quatro agências
de fnanciamento.
do Cerrado, da Mata Atlântica e da Amazônia e a instalação do parque automobilístico em
detrimento das ferrovias. Importava remover
VER MAS EN :
http://www.radarrio20.org.br/arquivos/files/publicacao_radarRio20.pdf
Entre as décadas de 1960 e 1980, cientistas, movimentos sociais, ambientalistas e um
punhado de políticos e funcionários públicos denunciaram os problemas ecológicos e sociais das economias herdeiras da Revolução Industrial. Em resposta à crescente preocupação pública com os efeitos negativos do modelo industrial, a Organização das Nações Unidas (ONU) iniciou um ciclo de conferências, consultas e estudos para alinhar as nações em torno de princípios e compromissos por um desenvolvimento mais inclusivo e harmônico com a natureza.
Após quase quatro décadas da realização da Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente
Humano, realizada em Estocolmo (1972), a primeira a associar de forma consistente questões ambientais ao Desenvolvimento Sustentável na pauta internacional, o mundo possui centenas de convenções, protocolos, declarações e legislações nacionais para reverter o quadro de agravamento nas condições ambientais e sociais e desequilíbrios socioeconômicos entre países do Norte e do Sul. Novos e estratégicos atores, como as empresas, entraram no debate, muitos sob o alerta emitido em 2007 pelo 4º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC). O desafo é colocar em prática o que foi acordado na arena diplomática e acelerar a transição para uma economia de baixo carbono e socioambientalmente sustentável, que será um dos principais temas da Rio+20.
HISTORIA
Terminada a Segunda Guerra Mundial, em 1945, as políticas de desenvolvimento con-
centraram-se inicialmente na reconstrução da Europa e do Japão, arrasados pelo maior
confito armado do século XX. As duas potências vencedoras, Estados Unidos e União
Soviética, investiram na retomada econômica de seus antigos e novos aliados, que se torna-
riam peças fundamentais no xadrez da Guerra Fria. Para recuperar a economia capitalista do pós-guerra, foram criadas em 1944 as duas instituições do Acordo de Bretton Woods: o
Fundo Monetário Internacional e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvol-
vimento (Bird), que viria a compor o Grupo Banco Mundial com outras quatro agências
de fnanciamento.
Apesar da rápida recuperação da Europa e do Japão e da poderosa máquina econômica dos
EUA, o chamado Terceiro Mundo continuava periférico ao centro decisório mundial. Movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos de esquerda intensifcaram nos anos 1950 e 1960 protestos contra a dependência das potências ocidentais e por investimentos sociais e na reforma agrária, bem como elegeram governos progressistas mais autônomos em relação ao centro do poder global. União Soviética e Cuba emprestaram apoio às guerrilhas e apavoraram os EUA, que reagiram em diferentes campos: na esfera socioeconômica, o presidente John F. Kennedy instituiu a Aliança para o Progresso, para fnanciar políticas de desenvolvimento na América Latina. E na área militar, os EUA apoiaram golpes militares contra governos progressistas e o aparelhamento das Forças Armadas dos regimes ditatoriais. Países europeus empreenderam forte reação militar contra os movimentos anticolonialistas na Ásia e na África.
DeSeNvOLvimeNtiSmO – Na ótica do modelo econômico desenvolvimentista, que deu o tom das políticas de expansão econômica do pós-guerra, a superação da pobreza extrema, da fome e da marginalização social das maiorias viria naturalmente como resultado dos investimentos em grandes obras de infraestrutura, tais como rodovias, hidrelétricas e projetos de irrigação. Salvaguardas ambientais eram vistas como entraves ao progresso, concebido como resultado de taxas elevadas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
No Brasil, em vez de privilegiar a distribuição de renda, uma economia mais autônoma e a
proteção ambiental, o que vingou foram incentivos públicos que levaram ao desmatamento do Cerrado, da Mata Atlântica e da Amazônia e a instalação do parque automobilístico em
detrimento das ferrovias. Importava remover
VER MAS EN :
http://www.radarrio20.org.br/arquivos/files/publicacao_radarRio20.pdf
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