ONG
EXIGIRÁ PUNIÇÃO DOS RESPONSÁVEIS POR ‘ATERRO INDUSTRIAL’ A entidade que
luta há anos pela retirada do passivo ambiental da Vale na Ponta de Tubarão, em
Vitória (ES), divulgou
nota ressaltando sua disposição em cobrar o indiciamento
por crime ambiental das empresas, instituições públicas e demais responsáveis
pelo aterro do pó e pelotas de minério que se acumulam na Praia de Camburi.
Em reunião com o Ministério Público Estadual (MPES) na
semana passada, para discutir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que vai
definir o melhor método para a retirada do material, a Associação dos Amigos da
Praia de Camburi (AAPC), disse ter notado simpatia por parte da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente (Semmam), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (Seama) e do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos (Iema) pela proposta de capeamento do material.
O MPES, no entanto, garantiu à AAPC que o acordo só será
assinado com a concordância da sociedade civil.
A entidade ressalta que a proposta de aterro do minério como
solução para o material que se decompõe na região não partiu da sociedade civil
e reiterou que “não se aterra poluente químico persistente”.
Para a AAPC, a Vale tem tomado medidas pífias em prol da
sociedade. A associação também promete mostrar os erros no processo e no plano
de aterramento.
Paulo Pedrosa – Pres. da Assoc. dos Amigos da Praia de
Camburi
A entidade que tem por presidente Paulo Pedrosa também foi
informada que a reunião final sobre o passivo ambiental deve acontecer no dia
30 de outubro. Na mesma data, deverá ser apresentado o parecer técnico da
Semmam e do Iema, atestando os estudos da Vale sobre o melhor método de
retirada do passivo de Camburi.
O passivo ambiental da Vale, composto por pó e pelotas de
minério já em avançado estágio de degradação, foi derramado indiscriminadamente
pela mineradora, que já reconheceu a responsabilidade sobre o poluente, entre
os anos de 1969 e 1984.
A AAPC avalia que a toxidade do passivo pode aumentar com o
tempo e ocasionar desastres ambientais. Por isso, o aterro não é uma solução
aceita pela entidade.
A Associação defende a dragagem como melhor alternativa para
a retirada do passivo e lembra que o material dragado deverá ser deposto em
locais adequados (como aterros industriais licenciados) e não no mar, como
preveem as sugestões da mineradora.
As reivindicações da associação são de conhecimento da
mineradora desde de 2009.
Na ocasião, a AAPC entregou um documento à mineradora que,
dentre várias outras medidas, exigia a limpeza da areia e a despoluição da
praia no que se refere ao minério.
Em setembro de 2013, a AAPC protocolou no MPES um parecer
técnico independente sobre os relatórios do Projeto de Recuperação da Região
Norte da Praia de Camburi.
No documento, a entidade confronta a versão dos estudos das
empresas Aplysia e Ecoconservation, contratadas pela Vale para definir como
será feita a retirada do minério acumulado na praia.
Nesses estudos, a empresa evidencia o caráter tóxico do minério mas, segundo a AAPC, aborda rasamente o problema, e ainda compara a biota do local com amostras de outros lugares de atividades diferentes, como regiões portuária, costeira e oceânica.
Nesses estudos, a empresa evidencia o caráter tóxico do minério mas, segundo a AAPC, aborda rasamente o problema, e ainda compara a biota do local com amostras de outros lugares de atividades diferentes, como regiões portuária, costeira e oceânica.
A associação também aponta incoerências e divergências de
amostragens nos estudos da flora e fauna locais, além de falta de embasamento
científico para a escolha dos organismos a serem avaliados.
A Associação dos Amigos da Praia de Camburi (AAPC), entidade
que luta há anos pela retirada do passivo ambiental da Vale na Ponta de
Tubarão, em Vitória, tem por presidente Paulo Pedrosa. A AAPC está no Facebook
que você pode conhecer aqui. TOMADO DE ENVIO DE MAFIA DO LIXO DE BRASIL
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