Cinco pessoas, entre elas uma idosa de 99 anos, receberam ao mesmo tempo a vacina
GUSTAVO MANSUR/PALÁCIO PIRATINI/DIVULGAÇÃO/JC
A primeira carga de vacinas da Coronavac já está no Rio
Grande do Sul. O avião da Azul com a remessa chegou um pouco antes das 22h ao
Aeroporto Internacional Salgado Filho (Aeroporto de Porto Alegre).
No fim da noite desta segunda-feira (18), quase terça-feira
(19), cinco profissionais receberam simultaneamente as primeiras doses da
vacina no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).
Uma segunda aeronave aterrissa ainda nesta noite com mais
imunizantes. O Rio Grande do Sul terá 341 mil doses na primeira remessa do Ministério
da Saúde. As 143 caixas que já estão em solo serão levadas para área de estoque
da Secretaria Estadual da Saúde. Para o HCPA, serão separadas unidades
para a imunização. Houve atraso na chegada, que chegou a ser prevista para o
fim da tarde.
O governador Eduardo Leite chegou a transmitir pelo seu
perfil do Instagram o momento da chegada. "Esta é a redenção do
coronavírus", disse Leite. "Com a vacina, vai se poder retomar a
economia e os abraços", declarou o governador,
Carga chegou em aeronave da Azul e depois foi transferida para caminhão na pista do aeroporto
Cinco gaúchos do grupo de risco, entre eles um indígena, uma
idosa, um profissional de higienização e dois profissionais da área médica
foram os primeiros a receber as doses nesta noite.
Antes de começar a aplicar as doses, um rápido eventos
marcou a largada da imunização na área do hospital.
A diretora-presidente do HCPA, Nadine Clausel, disse, antes
da aplicação da vacina, que é uma nova etapa do combate da pandemia e que a
vacina é "uma injeção de esperança".
"Este momento é uma luz no fim do túnel e vamos
continuar nos cuidando", reforçou Nadine.
A secretária da Saúde do RS, Arita Bergmann, citou que
"há dez meses esperava pelo dia da chegada da vacina". Arita também
lembrou que as pessoas não podem se descuidar.
"É um momento de muita esperança. Não pensei que fosse
viver este dia", desabafou a secretária, desabando em choro de
emoção.
O presidente da Famurs, Maneco Hassen, definiu que a
ansiedade é grande entre os prefeitos para começar a fazer a vacinação.
O prefeito da Capital, Sebastião Melo, criticou disputas
políticas em torno da vacina, disse que o momento reflete a vitória da ciência
e que os cuidados não podem ser relaxados. "Porto Alegre está pronta para
começar a vacinar", avisou Melo.
Leite disse que, até chegar ao dia D da vacina, houve um
trabalho duro e destacou que a parceria com os municípios e hospitais foi
fundamental nas medidas. O governador fez apelo para que as pessoas ajudem
usando máscara, não aglomerando e cumprindo protocolos.
"Nunca talvez na nossa existência uma noite foi tão
clara e iluminada pela ciência, que rompe com a escuridão daqueles que negam a
importância da pesquisa em nosso País", exaltou Leite.
O relógio marcava 23h48min quando os primeiros cinco
residentes no Rio Grande do Sul receberam as doses.
Veja quem são os
cinco primeiros vacinados no Estado
Pertencentes aos grupos de risco prioritários do Plano
Nacional de Imunizações, cinco gaúchos tomaram ontem a primeira dose e
celebraram o fato. No final da noite de ontem eles se tornaram símbolos do
início da imunização no Rio Grande do Sul.
Eloina Gonçalves Born, de 99 anos, moradora do Residencial
Geriátrico Donna Care, fez questão de tomar a primeira dose e estava
ansiosa pelo momento. Também receberam a dose Jorge Amilton Hoher, de 68 anos,
médico-chefe do serviço de Medicina Intensiva da Irmandade da Santa Casa de
Misericórdia de Porto Alegre; Carla Ribeiro, de 32 anos, da etnia kaingang e
residente da Aldeia Fag Nhin, na Lomba do Pinheiro; Joelma Kazimirski, de 48
anos, auxiliar de higienização do Grupo Hospitalar Conceição; e Aline Marques
da Silva, de 40 anos, técnica de Enfermagem CTI Covid do Hospital de Clínicas
de Porto Alegre.
Eloina, logo após a primeira dose, comemorou a vacina e
estimulou que todos o faça, assim que possível. “Estou me sentindo muito
bem. Parece que nem tomei vacina. Depois volto para tomar a segunda dose. Estou
muito feliz. Recomendo que tomem a vacina, vale a pena”, destacou a idosa.
Joelma relatou as dificuldades de ver tantas pessoas doentes
e o sofrimento dos familiares. “Estou muito emocionada e agradecida.
Esperamos com tanta ansiedade. É cansativo e triste ver os familiares chegando
lá (no hospital)... Não tem como explicar. Espero que agora, com a vacina, tudo
comece a se normalizar. Mas ainda (precisamos) continuar com os cuidados que
viemos tendo”, ressaltou a profissional.
Carla reforçou a necessidade de todos os indígenas tomarem a
vacina. “Quero pedir a todas as etnias que até quarta-feira, quando vão
estar disponibilizando a vacina em todas as aldeais, que se conscientizem de
que isso é importante. Já perdemos muitos conhecidos e parentes, e me emociono
com isso, porque minha filha também pegou (a Covid-19), e foi muito difícil.
Ela tem sete anos e ficou separada de mim todos os 14 dias”, recordou Carla.//
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