Prolongada e extrema
onda de calor pode atingir níveis históricos
De acordo com previsões da Metsul Meteorologia, o fim de
semana teve um breve intervalo de temperatura amena no Estado, após o
escaldante período de calor registrado na semana passada. No domingo, começou a
ingressar uma massa de ar quente a partir do Norte do Estado, mas foi segunda
(27) que a temperatura voltou a disparar. As máximas na segunda-feira atingiram
37,4ºC em Santa Cruz do Sul, 37,3ºC em Porto Alegre e Campo Bom, 37,2ºC em
Teutônia e 37ºC na Base Aérea de Canoas.
No início de fevereiro, é esperado um calor pior, quando a
massa de ar quente se intensificará muito sobre o Sul do Brasil. Segundo a
MetSul, não só o Rio Grande do Sul vai sofrer com marcas muito acima da média
nos termômetros, nos próximos 10 a 15 dias, mas também uma extensa área do
Brasil (Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Paraguai, Uruguai e o Centro-Norte
da Argentina). "Será um evento excepcional de calor que pode fazer deste
verão o mais quente ou um dos mais quente já registrados em mais de um século
de observações".
Esta nova onda de calor, ainda em seu momento inicial,
deverá ser muito longa e intensa com duração de meio mês. Há indicativos de que
se formará junto ao Centro da América do Sul, o que se convencionou chamar na
Meteorologia dos Estados Unidos de um “heat dome”, verdadeira “bolha” gigante
de ar extremamente quente, associada a persistente área de alta pressão. É
verdadeira panela de pressão com ar quente aprisionado nela, e se
intensificando, enquanto o ar mais frio, que poderia trazer alívio, fica
bloqueado mais ao Sul da América do Sul.
A longa sequência de dias tórridos agrava o efeito da ilha
de calor urbano e as cidades ficam ainda mais quentes, com noites muito
quentes. Quando se estabelece uma condição de bloqueio com uma bolha de ar
quente tão intensa e extensa, as ondas de calor não apenas tendem a ser muito
fortes como costumam ser longas, com máximas extremas e até históricas. É muito
provável que durante a primeira semana de fevereiro, tenhamos máximas mais
altas que as registradas na última onda de calor da semana passada. Haverá, ao
que tudo indica, máximas no Rio Grande do Sul de 41ºC a 42ºC à sombra em
estações meteorológicas. Ainda não é possível afirmar se os recordes oficiais
de calor do Estado de 1917 e 1943 (42,6ºC em Jaguarão e Alegrete) estão
ameaçados, mas a temperatura tende a alcançar níveis extremos e vão ter
relevância histórica.
As máximas nesta semana devem se situar à tarde, entre 37ºC
e 39ºC no Rio Grande do Sul, sobretudo no Centro e no Oeste do Estado,
incluindo a região de Porto Alegre. Por conta da variação de nuvens e das
pancadas de chuva, a temperatura vai variar de um dia para o outro, mas seguirá
quente e abafado. No próximo fim de semana (01 e 02 de fevereiro),
especialmente no domingo (02), tende a marcar o auge do período quente, com as
marcas mais extremas, acima dos 40ºC. Será quando o centro do bolsão de ar mais
quente estará sobre o Sul do Brasil.
A Metsul alerta que esta nova onda de calor poderá ter
impacto econômico e social. Há a possibilidade de mais transtornos para a
população por falta de luz e de água, com novos recordes de demanda e consumo.
No campo, a soja terá estresse pelo calor excessivo e a intensa insolação, e
ainda a avicultura pode sofrer mais perdas por mortes de frangos pela
temperatura alta. Tomado de agora de rgs br
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