Holandeses proíbem
produção de peles e salvam seis milhões de martas por ano
ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Martas. Foto: Viktor Drachev/AFP/Getty Images
Na terça-feira (10),a Holanda reintegrou uma lei de 2012 que
deve acabar com a indústria de produção de peles. Milhares de martas serão
salvas anualmente, de acordo com o Take Part.
A Holanda é o quarto maior produtor mundial de peles de
martas. O país tem 160 fazendas de pele que levantam exploram cerca de seis
milhões de martas por ano.
Grupos de direitos dos animais têm alertado sobre a
crueldade dessa indústria. Segundo relatórios da ONG PETA (People for the
Ethical Treatment of Animals), as martas são amontoadas em pequenas jaulas,
confinadas, com pouca espaço para se mover. Martas, ou visons, são animais
solitários que normalmente têm espaços enormes em estado selvagem. Visons
confinados muitas vezes enlouquecem e ficam andando sem parar e se mutilam, de
acordo com ativistas. Os animais são muitas vezes envenenados ou eletrocutados,
a fim de matá-los sem danificar sua pele.
O senado holandês concordou com grupos dos direitos dos
animais e proibiu a indústria em 2012, depois de discutir o assunto há 13 anos.
Na época fazendas de visons foram dadas até 2024 para eliminar progressivamente
as suas operações. Os exploradores receberam 28 milhões de euros para compensar
a transição.
No entanto, eles entraram com um processo e os tribunais
revogaram a lei em 2014. A decisão desta semana faz com que a lei volte a
valer. A indústria ainda terá até 2024 para acabar completamente.
“Com esta decisão, os Países Baixos proclamaram que o
bem-estar e a vida de seis milhões de martas são mais importantes do que os
interesses económicos das pessoas que lucram com a exploração cruel desses
animais”, afirmou Adam Roberts, presidente executivo da Born Free EUA, uma das
mais de 40 organizações que apoiaram o movimento chamado Fur Free Alliance.
Para Roberts, outros países produtores de peles, incluindo os Estados Unidos,
podem seguir o exemplo Holanda e proibir as indústrias de peles.
Outros grupos também elogiaram a decisão. Nicole van Gemert,
diretora de uma organização anti-peles holandesa chamada Bont voor Dieren,
disse em um comunicado que a decisão judicial do ano passado tinha sido um
grande atraso. Segundo Nicole, 20 novas fazendas foram estabelecidas ou
alargadas após essa decisão judicial.
Os grupos de ativistas devem prosseguir com os seus esforços
para fechar todas as fazendas. Eles também estão trabalhando em outros países.
Uma indústria de pele na Noruega foi invadida por autoridades no mês passado
depois de encontrar “ferimentos graves e feridas abertas” entre os 30.000
animais da instalação. TOMADO DE ANDA , ENVIADO POR ANA WAYNE
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