Brasileiros propõem novo método para descobrir planetas
SALVADOR NOGUEIRA
Um trio de cientistas
brasileiros desenvolveu um novo método para descobrir planetas fora do Sistema
Solar e pretende testá-lo em breve.
A estratégia pode ao
menos em parte suprir a ausência do satélite Kepler, da Nasa, que havia sido
lançando em 2009 e pifou em maio deste ano, depois que dois de seus giroscópios
(dispositivos de controle da orientação da nave) falharam.
Espera-se que a
técnica, que envolve o uso do observatório Alma (rede de radiotelescópios
instalada a 5.000 metros de altitude no deserto do Atacama, no Chile), possa
revelar pelo menos alguns planetas potencialmente habitáveis em torno de
estrelas menores que o Sol.
NA SINTONIA
Os dois principais métodos conhecidos para encontrar mundos
são o de velocidade radial e o do trânsito.
O primeiro mede o
suave bamboleio da estrela conforme planetas interagem gravitacionalmente com
ela.
Já o segundo verifica
pequenas reduções no brilho da estrela conforme um planeta passa à frente dela.
A estratégia sugerida
por Caius Lucios Slhorst e Cássio Leandro Barbosa, ambos da Univap
(Universidade do Vale do Paraíba), em associação com Adriana Válio, da
Universidade Presbiteriana Mackenzie, tem associação com esse segundo método.
A técnica também
medirá, mas em frequências de rádio e de micro-ondas, reduções de brilho
ocasionadas pelo trânsito de planetas à frente das estrelas.
Contudo, o que para
os telescópios tradicionais destinados a observar trânsitos era uma fraqueza
--o nível de atividade da estrela--, para o Alma será uma vantagem.
Quanto maior o nível de atividade estelar (na forma de
manchas e erupções), mais sensível será o equipamento para conseguir detectar
planetas pequenos.
Por isso os
cientistas esperam que em anãs-vermelhas --estrelas menores, mas mais ativas
que o Sol-- seja possível encontrar até mesmo planetas do tipo terrestre na
zona habitável. Tomado de la folhia de san pablo br
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