miércoles, 18 de mayo de 2016

ESPECIALISTAS DEBATEM OS DESAFIOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO – RIO GRANDE DO SUL BRASIL

Economistas expõem dificuldades a serem enfrentadas para que Rio Grande do Sul possa crescer Por: Zero Hora  Com o tema "Como desenvolver o Estado sem recursos", o debate iRS 2016 traz Darcy Francisco Carvalho dos Santos (esquerda) e Ely José de Mattos, com mediação de Marta Sfredo 
Foto: André Ávila / Agencia RBS
Um caminho complicado é projetado por economistas para que o Rio Grande do Sul possa voltar a se desenvolver, especialmente por não dispor de recursos públicos para isso. Ao abordar o desequilíbrio entre despesas e receitas do Estado, o professor de Economia do Desenvolvimento Ely José de Mattos e o economista Darcy Francisco Carvalho dos Santos participaram nesta terça-feira do primeiro iRS Debates 2016. Realizado na sede do Grupo RBS, em Porto Alegre, com mediação de Marta Sfredo, jornalista e colunista de Economia de ZH, o encontro abordou o tema "Como desenvolver o Estado sem recursos".
O desafio para o governo estadual é visto pelos especialistas como extremamente difícil, principalmente pela falta de dinheiro em caixa.
— É impossível desenvolver o Estado no sentido amplo, sem ter dinheiro. Quando o Estado está sem dinheiro, nós também estamos — disse Ely.
Para Darcy, o Rio Grande do Sul ainda está ligado a questões do passado, que impedem a organização das finanças públicas para obter algum tipo de superávit (mais receita do que despesa). Entre os pontos críticos, destacou o alto custo com inativos, que consome recursos do caixa que poderiam ser usados em outras áreas.
— Sempre fomos um Estado deficitário — afirmou. — Não fizemos no passado um fundo de previdência para os servidores, tanto que hoje o déficit é de R$ 8,5 bilhões. De tudo o que Estado arrecada, um terço vai para pagar a Previdência. Não nos demos conta disso no passado e fomos fazendo coisas erradas.
Nesse sentido, a situação atual do Rio Grande do Sul é vista com cautela.
— Temos um cenário bastante pesado, bastante desafiador, em que a macroeconomia não ajuda, e tudo o que temos de investimento no Estado nos últimos 20 anos parece não estar ajudando também — destacou Ely.
Resultados positivos nas contas públicas se tornaram mais exceção do que regra, e agravam esse cenário.
— Hoje, de tudo o que se arrecada, 61% vai para municípios, para educação, saúde. Sobram 39% de recursos livres, mas as despesas equivalem a 52%. Então faltam sempre 13% da receita, em torno de R$ 5 bilhões.
Além de um ajuste nas contas, a motivação da população também é considerada fundamental pelos especialistas para que o Estado cresça.
— A gente precisa é entender que as coisas vão ter que acontecer em algum momento.
Já é o terceiro ano nesta situação, e a gente precisa ir adiante. Então a motivação é importante — diz Ely.

O debate realizado na noite desta terça-feira foi o primeiro de uma série de eventos que se seguirão, ainda sem data marcada. Os próximos encontros irão abordar os resultados do Índice de Desenvolvimento Estadual (iRS), feito em parceira entre Zero Hora e PUCRS, para medir o desempenho do Estado em três dimensões: padrão de vida, educação e, reunidos, longevidade e segurança. Tomado de zero hora de rgs br

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