O Dia Mundial da Alimentação é celebrado no dia 16 de
outubro em 150 países para marcar a criação da FAO (Organização das Nações
Unidas para a Agricultura e a Alimentação), em 1945. Mas acima de tudo, tem por
objetivo conscientizar a humanidade na busca pela erradicação da fome. Hoje,
mais de um bilhão de pessoas passam fome, e quase metade do mundo vive com
menos de US$ 2,50 por dia.
Em relação ao Brasil, há um dado relevante. Em 20 anos, o
número de pessoas que passam fome foi reduzido em quase 10 milhões. Entre 1992
e 2013, o número de cidadãos brasileiros famintos caiu de 22,8 milhões para
13,6 milhões de pessoas. Em números absolutos, a redução de 40% no país é uma
das maiores do mundo.
Mas apesar dos avanços, ainda é inaceitável a quantidade de
pessoas famintas. A fome e a desnutrição são consideradas, em nível mundial, o
principal risco à saúde. Há de se considerar ainda, que o crescimento previsto
da população mundial até o ano 2050 será de 9,1 bilhões de pessoas (dados da
Divisão de Populações da ONU), o que significa mais problemas à segurança
alimentar.
Para enfrentar o aumento da população e o desafio
resultante, a agricultura terá que duplicar a produção de alimentos saudáveis
em 30 anos. Assim, governos precisam entender que o desenvolvimento e a
mobilização de todas as formas de agricultura são essenciais para responder a
este desafio. No Brasil milhares de pessoas são beneficiárias de programas
para erradicação da pobreza extrema, como o Fome Zero e o RS Mais Igual, no Rio
Grande do Sul, que asseguram o direito humano à alimentação. A iniciativa
não elimina todos os problemas, mas, ao definir a erradicação da fome como
politica de governo, sinaliza para o reconhecimento e seu enfrentamento.
A segurança alimentar do mundo deve figurar de forma contínua
na agenda dos Estados e sociedade. Cabe lembrar que a agricultura familiar
alimenta a mesa do brasileiro. O setor detêm 20% das terras e 30% da produção
global de alimentos. Na dieta dos brasileiros, o segmento responde por 70% da
produção nacional, e tem papel crucial na economia. Nesse cenário, a grande
tarefa é seguir a organização dos pequenos agricultores e incentivar cada vez
mais a produção.
Tratar o acesso à alimentação como direito dos cidadãos é um
ato fundamental no processo de consolidação da segurança alimentar. Quando o
alimento se torna um direito de todos, as pessoas ganham autonomia.
Tomado del face de edegar preto
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