sábado, 19 de octubre de 2013

LUCHA CONTRA LA SÍFILIS día mundial

Dia Mundial de Combate à Sífilis
Rio Grande registra um alto índice da doença segundo padrões da OMS
Foto: Fabio Dutra
Médica Shirlei Lopes Cardone (E) e equipe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica
Com um índice elevado de casos de sífilis congênita em Rio Grande, a Prefeitura Municipal, através do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, tem intensificado as campanhas para diagnóstico, prevenção e tratamento da doença. Em 2012, Rio Grande registrou um índice de 10,85 casos de sífilis congênita para cada mil pessoas; a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera aceitável o índice de 0,5 a cada mil pessoas.
A sífilis é uma doença causada pela bactéria treponema pallidum, contraída, principalmente, a partir de uma relação sexual desprotegida (sem camisinha) ou através de qualquer tipo de instrumento cortante, transfusão de sangue contaminado ou de mãe infectada para o bebê. O diagnóstico é feito através do teste é há cura quando o tratamento é realizado adequadamente.
A não realização do tratamento adequado pode resultar no comprometimento de vários órgãos como os olhos, pele, ossos, coração, cérebro e sistema nervoso. “Com o diagnóstico precoce e com a realização do tratamento adequado, é possível evitar consequências mais graves”, ressalta a gerente do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, a médica Shirlei Lopes Cardone.
A doença é classificada em três fases. No primário, é comum aparecer pequenas feridas nos órgãos sexuais, ânus ou, raramente na boca. “As lesões não doem nem ardem e desaparecem espontaneamente, mesmo sem tratamento, mas a pessoa continua infectada com a bactéria, que poderá agravar a doença”, alerta. Nos casos secundários, a pessoa infectada irá apresentar manchas na pele, principalmente, nas mãos. Já na fase terceária, geralmente silenciosos, aparecem sequelas cardíacas, neurológicas e óssea.
“A sífilis congênita pode provocar aborto, má formação do feto e/ou morte do bebê ao nascer. Isso tudo pode ser evitado se a mãe e o parceiro forem tratados precocemente e adequadamente”, alerta a gerente do Núcleo de Vigilância Epidemiológica. Esse ano, foi registrado, em Rio Grande, dois casos de óbito de crianças que adquiriram a doença através das mães. “Toda a gestante que procura as Unidades Básicas de Saúde realiza o teste para diagnóstico da sífilis, e caso o resultado dê positivo, o tratamento é iniciado imediatamente. As crianças que foram infectadas pelas mães precisam ter acompanhamento médico durante os dois primeiros anos de vida”, salientou Shirlei.
Dia Mundial de Combate à Sífilis – Sábado (19), no Dia Mundial de Combate à Sífilis, seis Unidades Básicas de Saúde Familiar (BGV, Parque Marinha, Profilurb, Junção e Cidade de Águeda), estarão abertas das 8h às 12h, para a realização de testes rápidos de diagnóstico da doença. “O teste é realizado com a coleta de sangue da ponta do dedo. O resultado sai em 10 minutos e é sigiloso”, explicou a coordenadora do programa Saúde da Mulher, enfermeira Vanessa Carvalho.
O teste rápido pode ser realizado em qualquer dia, nas Unidades de Saúde da Família do Parque Marinha, do Cassino e da Barra, e no Posto de Saúde da Mulher (junto à Secretaria de Município da Saúde, na Barroso esquina Marechal). De acordo com a gerente do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, caso o resultado do teste rápido dê positivo (o resultado é apresentado após 10 minutos) à existência da bactéria causadora da sífilis, no mesmo momento, a pessoa será encaminhada para realizar o exame VDRL - que aponta a titulação e serve para o acompanhamento da evolução da doença – para iniciar o tratamento.
O resultado do exame VDRL será entregue no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) Casa da Criança Dr. Augusto Duprat (Rua Colombo, 451), a data da retirada será agendada no momento de realização do exame. “Com a realização dos testes rápidos, buscamos também atualizar as estatísticas em relação à doença no Município”, salientou Shirlei. Até o momento, já foram registrados 129 casos de sífilis no Município, somente neste ano. Durante todo o ano de 2012, foram registrados 110 casos.

Por Eduarda Toralles – TOMADO DE AGORA DE RGS BR

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