miércoles, 16 de mayo de 2018

BRASILEIROS JÁ PODEM COMPRAR DÓLARES EM CAIXAS ELETRÔNICOS


 Brasileiros já podem comprar dólares em caixas eletrônicos
Fintech Cambyou foi criada para oferecer moedas estrangeiras com a comodidade dos caixas eletrônicos. Primeiro equipamento foi instalado em São Paulo, e meta é chegar às principais capitais até 2020 / LR Lino Rodrigues
Paulo Zapparoli, fundador da Cambyou: "O mercado de câmbio, que tem muito futuro, estava parado em termos de inovação"
(foto: Arquivo pessoal )
São Paulo – De olho num mercado que movimenta cerca de US$ 8 bilhões por ano, volume concentrado em apenas 20 grandes instituições financeiras (bancos e corretoras tradicionais e internacionais), a Dibran, uma das mais antigas corretoras de valores do mercado, com 50 anos de existência, criou a fintech Cambyou. O objetivo é oferecer agilidade em serviços financeiros como compra e venda de moedas estrangeiras e transferências internacionais por meio de caixas eletrônicos. "Esse mercado de câmbio, que tem muito futuro, estava parado em termos de inovação. Agora, vamos trazer mais dinamismo e segurança para os clientes", diz Paulo Zapparoli, sócio e fundador da Cambyou.
Com cotações em tempo real e preços justos, segundo Zapparoli, que trabalhou na BM&F no tempo dos pregões de dólar futuro da antiga Bolsa de Mercadorias & Futuro, a startup, a exemplo de outras que estão surgindo no mercado financeiro, é uma grande plataforma online que está sendo integrada a uma rede de terminais eletrônicos espalhados pelas principais capitais do país.
Por enquanto, apenas um caixa está em funcionamento na sede da corretora, no centro da capital paulista. O próximo está previsto para começar a operar até o fim de junho em um shopping paulistano. A meta é chegar às principais capitais brasileiras até 2020, em locais como lojas, shoppings centers, rodoviárias e pequenos aeroportos. A ideia é aumentar o volume movimentado diariamente dos atuais R$ 800 mil para US$ 1 milhão. Como o banco Safra possui exclusividade para operar câmbio nos principais aeroportos do país, a Cambyou pretende negociar espaços em terminais menores.
Todas as transações começam no computador, ou no smartphone, e acontecem graças a uma parceria com a empresa de pagamentos eletrônicos PayMee, que também é sócia na empreitada. A PayMee é responsável pelo reconhecimento das pessoas que estão fazendo a operação, eliminando o envio de comprovantes de TED, sistema utilizado nas transações tradicionais entre bancos. “É um modelo de negócio escalável, inovador, com processos facilitados por meio do uso de sistemas automatizados, rápidos e seguros”, afirma  Zapparoli, lembrando que apenas três bancos brasileiros utilizam de forma restrita caixas eletrônicos para transações com moedas estrangeiras.
Processo
O serviço funciona a partir da conexão no site da Cambyou, onde a pessoa faz sua opção de compra da moeda, se cadastra e, depois de confirmado o pagamento feito em depósito identificado, recebe uma senha para retirar a moeda escolhida no caixa eletrônico. O processo de compra de moeda estrangeira demora até cinco minutos, segundo Zapparoli. E, conforme a empresa, todo o processo na plataforma eletrônica (escolha da moeda estrangeira, a modalidade, a quantidade e a forma de entrega) é realizado em ambiente seguro.
Além de poder escolher data e período de entrega, o comprador tem dois dias úteis para realizar o saque em um dos terminais eletrônicos. Já a transferência internacional online para pessoas físicas pode ser feita em duas modalidades, disponibilidade no exterior e manutenção de residente.
A plataforma Cambyou foi desenvolvida durante dois anos em conjunto com a Diebold Nixdorf, uma das líderes mundiais no segmento de automação bancária, e exigiu investimentos de R$ 1 milhão. “A Dibran sai na frente das empresas de câmbio no Brasil, porque os consumidores não pensam em canais. Eles, na verdade, estão preocupados em ter as coisas resolvidas onde estiverem e quando precisarem, de forma fácil, intuitiva e acessível”, afirma Glauber Pastore, executivo da Diebold.
O poder transformador das fintechs
As fintechs estão criando novas formas de lidar com finanças pessoais, transformando procedimentos complicados em facilidades. Hoje em dia, para abrir uma conta bancária, só é preciso de um celular com câmera e os documentos de praxe. Para o empresário, basta baixar um aplicativo para administrar o fluxo de caixa. Na contratação de um seguro, é possível personalizar as coberturas e fazer toda a operação de forma 100% online. As tecnologias não param de evoluir. A inteligência artificial está começando uma nova revolução no setor, assim como o Big Data. E isso é apenas o começo. Tomado de correio braziliense

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