domingo, 13 de abril de 2014

BARCO POLAR REGRESA A BRASIL DESDE ANTÁRTIDA


Navio polar Almirante Maximiano regressa da 32ª Operação Antártica
Foto: Leandro Carvalho
O navio polar Almirante Maximiano, da Marinha do Brasil, retornou nesta sexta (11) a Rio Grande, após concluir a sua participação na 32ª Operação Antártica. O Navio operou durante seis meses nos Estreitos de
Bransfield, Estreito Antártico e de Gerlache, nas ilhas do arquipélago das Shetland do Sul e península Antártica.
No período, o navio serviu como plataforma de pesquisa para 108 pesquisadores de 15 projetos, que usaram os vários recursos de bordo, como os seus cinco laboratórios, guinchos oceanográfico e geológico, e demais equipamentos científicos em toda sua potencialidade. 
Dentre os eventos que mais se destacaram nesta comissão estão: a realização de 120 estações oceanográficas, sendo a mais profunda já realizada pelo navio, em apoio ao Centro de Hidrografia da Marinha, atingindo 5.600 metros de profundidade em uma posição a leste das Ilhas Malvinas; 70 estações geológicas, sendo que a mais profunda atingiu 3.850 metros, a maior já realizada pelo navio desde a sua incorporação, a norte da Ilha Elefante; lançamento de 15 boias de deriva; 16 radiossondas; início da aquisição de dados com gravímetro, equipamento este instalado no último período de manutenção, e coleta de água na passagem de drake, momento em que o navio manteve posição por aproximadamente 10 horas em uma região de grande instabilidade climática e sujeito a inúmeras frentes frias.
O navio também realizou o levantamento com SubBotton Profile e Ecobatímetro Multifeixe da Enseada Martel e do interior da Ilha Deception, dados estes de relevância para atualização de cartas náuticas, além do apoio à Estação Antártica Comandante Ferraz, com a transferência de óleo combustível e gêneros. Os botes orgânicos do navio, além do auxílio ao embarque e desembarque de material e pessoal dos projetos nos diversos pontos da região, foram também intensamente utilizados no apoio aos projetos de observação de baleias, com coletas bem sucedidas de amostras de pele de diversas espécies, incluindo de baleias orca, além da marcação, com rádio localizador, da primeira baleia Finn, já realizada pelo Brasil na Antártica, o que permitirá o acompanhamento e melhor compreensão dos hábitos migratórios dessa espécie.
Os dados coletados durante o período da comissão pelos diversos projetos embarcados ajudarão na melhor compreensão do clima, do impacto causado pela presença e atuação humana e em melhores modelos de previsões meteorológicas, além de garantir a presença brasileira no continente e no cenário político nacional, garantindo a participação do País na decisão do destino do continente gelado. A atracação em Rio Grande permite a devolução do material de pesquisa utilizado na comissão, além das roupas próprias para o frio, que serão armazenadas na Estação de Apoio Antártico (Esantar), da Furg, à comissão do próximo verão antártico. Em virtude da manutenção necessária e o curto período de estadia em Rio Grande, não haverá visitação pública ao navio. Na próxima segunda-feira (14), o Almirante Maximiano parte para o Rio de Janeiro. TOMADO DE AGORA DE RGS BR 

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