Prévia da inflação fica em 0,23%, influenciada por alta dos combustíveis, diz IBGE
FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL/JC
Assim como já havia ocorrido em julho, a alta no preço dos
combustíveis voltou a influenciar a prévia da inflação, que ficou em 0,23% em
agosto, informou nesta terça-feira (25) o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística). Porém, os descontos nas mensalidades escolares
impediram um aumento ainda maior nos preços. O setor da Educação teve deflação
de 3,27%, influenciado pelos descontos nas mensalidades de várias instituições
pela da suspensão das aulas presenciais causada pela pandemia da Covid-19. O
resultado contribuiu negativamente em 0,21 ponto percentual na prévia da
inflação.
Segundo o IBGE, os preços dos cursos regulares recuaram
4,01%, com o maior recuo observado no setor de pré-escola (-7,30%). Depois,
também tiveram queda os ramos de pós-graduação (-5,83%), de educação de jovens
e adultos (-4,74%) e de ensino superior (-3,91%). A gasolina exerceu novamente
o maior impacto individual no índice, após registrar inflação de 2,63%,
influenciando em 0,12 ponto percentual o IPCA-15. No geral, o ramo dos
combustíveis subiu 2,31%, com aumento também no óleo diesel (3,58%) e gás
veicular (0,47%).
Após algumas semanas de queda nos preços da gasolina por
causa da pandemia, a Petrobras vem anunciando desde maio sucessivos aumentos,
acompanhando a recuperação das cotações internacionais do preço do petróleo
após a reabertura da economia pelo mundo. As cotações do petróleo vem se
recuperando nas últimas semanas após o relaxamento das medidas de
distanciamento social principalmente da Europa e nos Estados Unidos. No fim de
julho, o setor de petróleo brasileiro retomou em junho patamares de produção
anteriores à pandemia, tanto na produção quanto nas refinarias. A evolução
ajudou a aliviar o caixa de estados e municípios beneficiados pelas receitas
petrolíferas.
De acordo com a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e
Biocombustíveis), a produção nacional de petróleo voltou a ultrapassar a casa
dos três milhões de barris por dia pela primeira vez desde janeiro. O resultado
foi reflexo do crescimento das operações nos campo de Lula e Búzios, os maiores
do país, e a retomada de projetos de gás na Bahia e no Maranhão. Em junho, o
país produziu um total de 3,013 milhões de barris de petróleo, alta de 9% em
relação a maio e de 17,8% na comparação com o mesmo mês de 2019. Já a produção
de gás cresceu 12,3% e 15,6%, respectivamente, para 128 milhões de metros
cúbicos por dia.
Folhapress // TOMADO DE JOURNAL DO COMERCIO , DE RGS BR
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