Nasa diz que o asteroide 2018 VP1 é muito pequeno para causar estragos ao Planeta Azul. Se choque ocorrer, será em 2 de novembro
por Humberto Rezende
Na linha branca, a trajetória do asteroide 2018 VP1; em azul, a da Terra: possível encontro em 2 de novembro - (foto: Nasa/Divulgação)
Sim, um asteroide está em rota de colisão com a Terra, com
alguma chance de se chocar com o planeta em 2 de novembro. Mas esse fato está
longe de representar o fim do mundo. Isso porque a rocha espacial, que é
acompanhada pela Nasa, agência espacial norte-americana, desde 2018, é muito
pequena para causar algum estrago.
Como o nome indica, o 2018 VP1 foi descoberto em 2018 e,
desde então, não sai do radar do time da Nasa responsável por
monitorar os chamados NEAs (near to Earth asteroids, ou asteroides
próximos da Terra). Pelos cálculos da agência, a rota dessa rocha espacial e a
da Terra se cruzam em 2 de novembro, com probabilidade pequena de um choque.
Porém, como o 2018 VP1 tem apenas 2m de comprimento, se isso
de fato acontecer, ele deve se desintegrar na atmosfera terrestre, não restando
nenhum pedacinho para chegar ao solo. Devido à ampla divulgação do evento na
internet, o que levou algumas pessoas ao pânico, a Nasa emitiu, no último dia
23, um comunicado que busca acalmar a população mundial.
"O asteroide 2018 VP1 é muito pequeno, aproximadamente
6,5 pés (2m), e não representa risco para a Terra! Ele, atualmente, tem uma
chance de 0,41% de entrar em nossa atmosfera, mas se o fizer, vai se
desintegrar devido ao seu tamanho extremamente pequeno", disse a Nasa pelo
Twitter.
Missão da Nasa
Identificar e monitorar os NEAs é uma atribuição da Nasa
imposta pelo Congresso americano. O objetivo do programa é descobrir com
antecedência se alguma dessas rochas está em uma trajetória de colisão com o
Planeta Azul e evitar catástrofes como a que levou à extinção
dos dinossauros.
O foco da agência são os asteroides com mais de 140m de
diâmetro, que impõem uma ameaça maior à humanidade. Rochas pequenas, porém,
podem causar estragos. Um caso muito conhecido de acidentes desse tipo é o do
meteoro que explodiu sobre a cidade russa de Chebarkul. A rocha tinha 18m
e deixou,
com a explosão na atmosfera, quase mil pessoas feridas.
Em 2019, astrônomos brasileiros identificaram um asteroide
com potencial para destruir uma cidade com apenas 24 horas de antecedência de
sua aproximação máxima da Terra. E na semana passada, um
NEA bateu o recorde de aproximação, quando passou raspando no planeta.
Tomado de correio brasiliense
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