Águas-vivas causam
queimaduras em dezenas de banhistas na Praia do Cassino
Foto: Fabio Dutra
Recomendação da Vigilância Ambiental em Saúde é que o
banhista procure informações nas guaritas de salva-vidas sobre as condições do
mar e, também, dos riscos de águas-vivas
As correntes oceânicas quentes e o vento predominantemente
nordeste são, de acordo com o oceanógrafo do Núcleo de Educação e Monitoramento
Ambiental (Nema), Kleber Grubel da Silva, os motivos do aparecimento excessivo
de águas-vivas na beira da Praia do Cassino. “É um fenômeno normal, que está
diretamente relacionado com as águas quentes do mar”, disse Silva.
Em contato com o ser humano, as águas-vivas – invertebrados
do grupo dos cnidários, podem liberar um veneno desenvolvido para paralisar as
presas, mas que causa irritações na pele e sensação de queimadura.
Segundo a enfermeira-chefe do Posto de Saúde do Cassino,
Kerolin Moutinho, desde o início da temporada são registrados, em média, 20
atendimentos diários, relacionados a acidentes com água-viva. “Este número só
não é maior porque os próprios salva-vidas estão dando as orientações na praia.
Além disso, eles disponibilizam o vinagre, que pode ser usado para amenizar a
dor”, disse.
Ainda de acordo com a enfermeira, os lugares do corpo mais
atingidos são as pernas e a face.
Enquanto esta reportagem era produzida no posto de saúde, Guilherme
Mesquita, de seis anos, acompanhado do pai, Mario Mesquita, recebia os cuidados
da equipe de enfermagem. O menino teve o rosto atingido pelo animal. “Eu
mergulhei e ela pegou o meu rosto”, disse Guilherme.
Desde ontem (6), a Secretaria de Município de Saúde (SMS),
através da Vigilância Ambiental em Saúde e da Vigilância Epidemiológica,
iniciou o projeto de Prevenção a Acidentes com mães d’água. A iniciativa tem
como objetivo alertar a população sobre os riscos de ataques dos cnidários. A recomendação
da Vigilância Ambiental em Saúde é que o banhista procure informações nas
guaritas de salva-vidas sobre as condições do mar e, também, dos riscos de
águas-vivas. Além disso, segundo a Vigilância, deve-se observar a disposição de
uma bandeira da cor branca com o símbolo de uma mãe d’água, indicando quando a
incidência das mesmas é excessiva.
O QUE FAZER EM CASO DE CONTATO?
Lavar o local com água do mar.
Remover suavemente os tentáculos aderidos na pele utilizando
pinça ou bordas de faca (não esfregar o local).
Banhos e compressas com vinagre.
Aplicar coldpacks (bolsa de gelo em gel).
Restringir o movimento da área afetada.
Acalmar a vítima.
Procurar auxílio nos salva-vidas e/ou Unidade de Saúde
IMPORTANTE:
Não lavar o local com água doce.
Não aplicar substâncias sem indicação médica.
Não pisar ou manipular animais mortos que se acham à
beira-mar, pois eles ainda podem causar acidentes. Karoline
Avila/Assessoria TOMADO DE AGORA DE RGS BR
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