viernes, 7 de febrero de 2014

AGUAS VIVAS CAUSAN QUEMADURAS EN BAÑISTAS


 Águas-vivas causam queimaduras em dezenas de banhistas na Praia do Cassino
Foto: Fabio Dutra
Recomendação da Vigilância Ambiental em Saúde é que o banhista procure informações nas guaritas de salva-vidas sobre as condições do mar e, também, dos riscos de águas-vivas
As correntes oceânicas quentes e o vento predominantemente nordeste são, de acordo com o oceanógrafo do Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema), Kleber Grubel da Silva, os motivos do aparecimento excessivo de águas-vivas na beira da Praia do Cassino. “É um fenômeno normal, que está diretamente relacionado com as águas quentes do mar”, disse Silva.
Em contato com o ser humano, as águas-vivas – invertebrados do grupo dos cnidários, podem liberar um veneno desenvolvido para paralisar as presas, mas que causa irritações na pele e sensação de queimadura.
Segundo a enfermeira-chefe do Posto de Saúde do Cassino, Kerolin Moutinho, desde o início da temporada são registrados, em média, 20 atendimentos diários, relacionados a acidentes com água-viva. “Este número só não é maior porque os próprios salva-vidas estão dando as orientações na praia. Além disso, eles disponibilizam o vinagre, que pode ser usado para amenizar a dor”, disse.
Ainda de acordo com a enfermeira, os lugares do corpo mais atingidos são as pernas e a face.  Enquanto esta reportagem era produzida no posto de saúde, Guilherme Mesquita, de seis anos, acompanhado do pai, Mario Mesquita, recebia os cuidados da equipe de enfermagem. O menino teve o rosto atingido pelo animal. “Eu mergulhei e ela pegou o meu rosto”, disse Guilherme.
Desde ontem (6), a Secretaria de Município de Saúde (SMS), através da Vigilância Ambiental em Saúde e da Vigilância Epidemiológica, iniciou o projeto de Prevenção a Acidentes com mães d’água. A iniciativa tem como objetivo alertar a população sobre os riscos de ataques dos cnidários. A recomendação da Vigilância Ambiental em Saúde é que o banhista procure informações nas guaritas de salva-vidas sobre as condições do mar e, também, dos riscos de águas-vivas. Além disso, segundo a Vigilância, deve-se observar a disposição de uma bandeira da cor branca com o símbolo de uma mãe d’água, indicando quando a incidência das mesmas é excessiva. 
O QUE FAZER EM CASO DE CONTATO? 
Lavar o local com água do mar.
Remover suavemente os tentáculos aderidos na pele utilizando pinça ou bordas de faca (não esfregar o local). 
Banhos e compressas com vinagre. 
Aplicar coldpacks (bolsa de gelo em gel).                                                                       
Restringir o movimento da área afetada. 
Acalmar a vítima. 
Procurar auxílio nos salva-vidas e/ou Unidade de Saúde
IMPORTANTE: 
Não lavar o local com água doce.
Não aplicar substâncias sem indicação médica.
Não pisar ou manipular animais mortos que se acham à beira-mar, pois eles ainda podem causar acidentes.   Karoline Avila/Assessoria TOMADO DE AGORA DE RGS BR

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