RIO - Reconhecida pelas Nações Unidas como uma das melhores
legislações no enfrentamento à violência
contra a mulher, a Lei Maria da Penha,
em vigor desde 2006, ainda não fez, de acordo com especialistas, com que uma
parcela da sociedade passe a ver as mulheres como cidadãs. Ao comentar os
estudos do Ipea - que apresentam dados sobre as vítimas de estupro, traçam o
perfil do agressor e apontam a percepção do brasileiro em relação à tolerância
da violência contra a mulher -, Samira Bueno, socióloga e diretora-executiva do
Fórum Brasileiro de Segurança Pública, é taxativa: “mulher é vista como
propriedade. Homem pode fazer o que quiser do corpo feminino”.
- O que está em jogo é o que a população entende como
violência. Está no senso comum que a mulher provoca e, por isso, é estuprada,
que ela apanha porque o marido estava nervoso, que ela deve tolerar as
agressões para manter o núcleo familiar. Mesmo com a lei, que é fundamental
para que as questões sejam enfrentadas, existe tolerância. Na nossa sociedade,
extremamente machista, a mulher ser tratada como propriedade é normal - diz
Samira.
De acordo com a socióloga, mesmo algumas políticas públicas
optam por isolar a mulher, como se ela fosse responsável pela violência:
- No Metrô de São Paulo, por conta dos casos de violência
sexual, querem vagões especiais para mulheres. Isso já existe no Rio. Mas
pergunto: o homem não pode conter seus desejos? Ele sabe que não pode
simplesmente passar a mão no corpo de uma mulher. Tomado de o globo de Brasil
nota: la iglesia las reconoce como seres humanos a las mujeres desde hace poco tiempo, en ese concilio ganaron por un solo voto. .....
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