INDÚSTRIA AUTOMOTIVA Brasil renova acordo automotivo com a
Argentina até 2020
PÁTIO DA MONTADORA GM
EM GRAVATAÍ, IMAGENS PARA DEMONSTRAR O NÚMERO DE VEICULOS ESTOCADOS
Foi mantido sistema flex, pelo qual o Brasil poderá vender,
com isenção de impostos, no máximo, US$ 1,5 a cada US$ 1 importado
MARCELO G. RIBEIRO/JC
Agência Brasil
Brasil e Argentina renovaram até 2020 o acordo automotivo
entre os países e que venceria em 30 de junho. Em nota, o Ministério da
Indústria, Comércio Exterior e Serviços informou neste sábado (25) que foi
mantido o sistema flex, que prevê que o Brasil poderá vender, com isenção de
impostos, no máximo, US$ 1,5 para cada US$ 1 importado do país vizinho.
A renovação do acordo foi assinada pelo Comitê Automotivo
Brasil/Argentina após dois dias de reuniões, realizadas na última quarta-feira
(23) e quinta-feira (24). O novo acordo prevê que a partir de 1 de julho de
2019, se alcançadas as condições para o aprofundamento da integração produtiva
e o desenvolvimento equilibrado de estruturas produtivas e de comércio, o flex
do comércio bilateral do setor automotivo será de US$ 1,7 para cada US$ 1, após
prévio acordo entre as partes.
De acordo com o ministério, a renovação do acordo bilateral
trará benefícios mútuos, ao conferir maior previsibilidade ao setor. “Depois de
muita negociação, chegamos a um acordo por mais quatro anos, que traz muita
previsibilidade para o setor e que estabelece bases para o livre comércio
automotivo a partir de 2020, uma grande vitória para a indústria
nacional", disse o ministro Marcos Pereira, em comunicado enviado à
imprensa.
Em junho de 2014, os dois países assinaram um acordo
automotivo, válido até junho de 2015. No final do ano passado, o acordo foi
prorrogado e os dois países continuaram negociando as cláusulas para a
renovação do acerto. O Brasil tentava ampliar a margem do chamado sistema flex.
Já a Argentina queria estender às autopeças do país o regime Inovar Auto, que prevê
isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de fabricantes
brasileiros que cumprem metas de investimento em pesquisa e de desenvolvimento
de novas tecnologias.
O mecanismo conhecido como flex prevê que cada US$ 1 que a
Argentina vende ao Brasil em autopeças e veículos, as montadoras brasileiras
poderão exportar ao país vizinho US$ 1,5 com isenção do imposto de importação.
Acima disso, os veículos brasileiros pagam tarifas de 35% para entrar no
mercado argentino. Os veículos precisarão ter pelo menos 60% das peças e dos
componentes fabricados no Mercosul. Tomado de journal do comercio de rgs br
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