Pesquisa foi realizada por uma empresa israelense
EM Estado de Minas
(foto: Pixabay)
Cientistas israelenses que trabalham na empresa
Accelerated Evolution Biotechnologies (AEBi), fundada no ano 2000, dizem ter
conseguido criar um composto capaz de "curar completamente" o câncer
em menos de um ano. A informação foi divulgada pelo jornal israelense The
Jerusalem Post.
"Acreditamos que daqui a um ano teremos a cura completa
para o câncer. Ela será eficaz desde o primeiro dia, durará algumas semanas e
não terá efeitos colaterais sérios, além de ter um custo muito menor do que a
maioria dos tratamentos existentes no mercado", comenta o pesquisador Dan
Aridor, diretor do conselho da AEBi, em entrevista para o periódico.
O tratamento está sendo chamado de MuTaTo (multi-target
toxin, ou toxina de múltiplos alvos, em tradução livre) e consiste numa espécie
de "antibiótico" contra o tumor, segundo o cientista.
O composto anti-câncer potencialmente revolucionário é
baseado na tecnologia SoAP, que envolve a incorporação do DNA de determinada
proteína dentro de um bacteriófago (vírus que infecta bactérias). Essa proteína
é então exposta na superfície do micro-organismo "hospedeiro". Com
isso, os pesquisadores podem usar as proteínas exibidas pelos bacteriófagos
como forma de rastrear interações com outras proteínas, com material genético
ou com pequenas moléculas.
A ideia, segundo Aridor esclarece ao The Jerusalem Post, é
que o tratamento seja capaz de atingir três alvos ou células cancerosas de uma
só vez, o que o torna mais eficaz do que os remédios usados atualmente, que,
normalmente, são direcionados a um alvo específico e que pode sofrer mutações e
metástase (multiplicação).
O MuTaTo usa uma combinação de vários peptídeos para atingir
cada tipo de célula cancerosa ao mesmo tempo, associada a uma toxina peptídica
capaz de matar apenas o tumor. "Nós nos certificamos de que o tratamento
não será afetado pelas mutações; as células cancerosas podem até sofrer
mutações e ainda assim os receptores alvos acabarão sendo eliminados",
esclarece o pesquisador Ilan Morad, CEO da AEBi, também em conversa com o
jornal israelense.
Por enquanto, a novidade foi testada apenas em cobaias e o
próximo passo é passar para os testes clínicos, em pacientes com câncer. Eles
não informaram quando isso será feito. TOMADO DE CORREIO BRAZILIENSE
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