Atividade econômica cai 1,1% no Rio Grande do Sul, aponta
boletim do Banco Central No setor fabril, a produção recuou pelo segundo
trimestre consecutivo, conforme os dados do IBGE /FREDY VIEIRA/JC O Índice de
Atividade Econômica Regional do Rio Grande do Sul (IBCR-RS) recuou 1,1% no
trimestre finalizado em agosto, em relação ao encerrado em maio, quando
crescera 0,7%, segundo o Boletim Regional do Banco Central (BC), que considera
dados dessazonalizados. Apesar do resultado, os indicadores de demanda contribuíram
positivamente para a dinamização da economia. As vendas do comércio ampliado
cresceram 1,9% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao terminado em
maio (6%), impulsionadas, principalmente, pelo comércio de veículos e materiais
de construção, segundo o IBGE. Dados antecedentes do comércio, apontam
continuidade dessa expansão. Considerado o trimestre até setembro, o
licenciamento de veículos e comerciais leves aumentou 5,5% ante o trimestre
anterior, dados dessazonalizados da Fenabrave, consistindo na terceira alta em
sequência. Apesar dessa reação, incertezas quanto à manutenção do ritmo de
crescimento do consumo das famílias no próximo trimestre levou ao recuo na
confiança dos empresários do setor - o Índice de Confiança do Empresário do
Comércio (Icec) diminuiu 2,7 pontos, para 97,4 pontos em setembro. O fato de o
desemprego no Estado situar-se acima de sua taxa histórica (6,1%), ajuda a
explicar o baixo nível da intenção de consumo dos gaúchos - o Intenção de
Consumo das Famílias (ICF), divulgado pela Fecomércio-RS, totalizou 74,2 pontos
no terceiro trimestre, posicionando-se na área que demonstra pessimismo dos
consumidores (abaixo de 100 pontos). O mercado de crédito recuou na margem,
resultado que refletiu o desempenho das operações no segmento de pessoas
jurídicas. Somando R$ 195,6 bilhões em agosto, as operações de crédito no Rio
Grande do Sul variaram -0,8% no trimestre e 0,2% em 12 meses. No trimestre, a
carteira de pessoas jurídicas retraiu 2,8%, repercutindo, em especial, a queda
no volume de empréstimos ao comércio atacadista, exceto veículos e
motocicletas, e com a indústria de alimentos e bebidas, exceto açúcar em bruto.
As operações com as pessoas físicas cresceram 0,4% no trimestre, destacando os
incrementos em financiamentos imobiliário e crédito consignado. No âmbito da
oferta, a produção agrícola gaúcha está estimada em 36,6 milhões de toneladas
em 2017 (15,1% da produção nacional), de acordo com o Levantamento Sistemático
da Produção Agrícola (LSPA) de setembro, elevando-se 14,8% no ano, com destaque
para os aumentos nas produções de soja, milho e arroz, e, dentre outras
culturas, do fumo e da uva. Para 2018, o Boletim Regional do BC ressalta o
atraso no plantio da lavoura de arroz, e a previsão de redução de área
plantada, em função de aumento dos custos de produção e preços de
comercialização menos atrativos. No setor fabril, a produção recuou pelo
segundo trimestre consecutivo, variando -2,2% até agosto (-0,5% até maio),
conforme o IBGE. Essa evolução refletiu a desaceleração mais intensa na
fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis - pela
suspensão judicial de parte da produção de gasolina na refinaria Alberto
Pasqualini (Refap) em agosto - e de celulose, pela interrupção na produção de
uma planta industrial da CMPC Celulose Riograndense, decorrente de acidente em
uma das caldeiras. Em 12 meses, houve aumento de 0,4% na produção industrial,
revertendo a queda acumulada para essa base de comparação desde agosto de 2014.
Essa perspectiva de recuperação da atividade, ainda que gradual, contribuiu
para manter o otimismo dos empresários do setor - o Índice de Confiança do
Empresário Industrial (Icei) da Fiergs atingiu 54,7 pontos no trimestre
encerrado em agosto. O superávit da balança comercial do Estado alcançou US$
6,3 bilhões no acumulado até setembro de 2017. - tomado de Jornal do Comércio de rgds br
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