Crescem os números de crimes contra mulheres
Relatório do ISP revela
que São Gonçalo é o terceiro município do estado com mais registros de
violência
foto Marcas. Rosangela
teve o corpo queimado pelo ex-maridoGustavo Stephan / Gustavo Stephan
A cada dia, cerca de
oito mulheres são agredidas em São Gonçalo e quatro sofrem o mesmo tipo de
violência em Niterói. Na maioria dos casos, o algoz é o marido ou ex-companheiro
da vítima. Os dados fazem parte do Dossiê Mulher 2013, relatório sobre a
violência praticada contra a mulher em todo o estado, divulgado anualmente pelo
Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP-RJ).
Segundo o documento,
São Gonçalo ocupa o terceiro lugar do ranking entre os 92 municípios do estado,
com 3.099 casos de lesão corporal dolosa, 7% a mais do que em 2011. Niterói é a
sexta colocada, com 1.506 registros. De acordo com os números, a região da
Grande Niterói, que engloba Niterói e Maricá, teve um aumento de quase 8% da
modalidade do crime em relação ao ano anterior
O estudo também
aponta que os dois municípios estão entre os dez que mais registraram estupro
em todo o ano de 2012. São Gonçalo ficou em quarto lugar, com 270 vítimas; um
aumento de 32% em relação ao ano anterior. Niterói em sexto, com 126 casos. Na
Grande Niterói, o aumento foi de 35%. Proporcionalmente — considerando-se o
número de casos por cem mil habitantes, as duas cidades se mantêm entre as dez
que mais registram violência contra a mulher.
— O aumento dos
números nem sempre significa que os casos de violência aumentaram. O que pode
estar acontecendo é que a atitude das mulheres frente às agressões mudou,
principalmente depois da implantação da Lei Maria da Penha e, portanto, elas
estão denunciando mais — explica Marlene Souto, coordenadora da Coordenadoria
de Políticas e Direitos das Mulheres (Codim) de Niterói, órgão que orienta as
vítimas de violência.
Moradora do
Salgueiro, em São Gonçalo, Rosangela Maria Sá, de 45 anos, ficou casada por 21.
Durante esse tempo, seu ex-marido nunca havia levantado a mão para ela, até que
ele saiu de casa. No dia em que quis reatar o relacionamento, diante da recusa
de Rosangela, o agressor jogou dois litros de gasolina em seu corpo e ateou
fogo. As filhas da vítima registraram a agressão numa delegacia e o homem está
preso:
— Na hora não
acreditei que ele realmente faria aquilo. Só depois percebi que, diante de
tantas agressões verbais ao longo dos anos, eu era uma vítima.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/niteroi/crescem-os-numeros-de-crimes-contra-mulheres-8359263#ixzz2T5DmJUKD
Tomado de o globo de Brasil
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