Estudo brasileiro
reforça suposta ligação entre zika e microcefalia
Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz encontraram o vírus
no líquido amniótico de grávidas de fetos com malformação no cerebro Estudo
brasileiro reforça suposta ligação entre zika e microcefalia GUGA MATOS/JC
IMAGEM/Estadão Conteúdo
Um estudo feito por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz
do Rio de Janeiro confirmou a presença do zika vírus no líquido amniótico de
duas mulheres que tiveram sintomas da doença durante a gravidez e cujos fetos
tinham microcefalia. A pesquisa foi publicada nesta quarta-feira na revista
científica The Lancet Infectious Diseases.O resultado do trabalho reforça a
suposta associação entre o zika e os casos de microcefalia em recém-nascidos no
Brasil. Além disso, a pesquisa sugere que o vírus pode atravessar a placenta,
tornando-se um potencial agente infeccioso para os fetos. Pesquisadores, no
entanto, alertam que o estudo não é suficiente para confirmar a ligação do
vírus com a doença. — Até entendermos o mecanismo biológico ligando a zika à
microcefalia, não podemos ter certeza que um causa o outro, e mais pesquisas
precisam ser feitas urgentemente — disse Ana de Filippis, uma das autoras do
estudo, a BBC. Brasil confirma 508 casos de microcefalia e investiga outros
quatro mil
O que pensam os médicos que levantaram suspeita sobre o
larvicida
Dilma reúne ministros e acerta estratégias para "zika
day" Para realizar o estudo,
especialista analisaram amostras de líquido amniótico de duas grávidas da
Paraíba — ambas estavam na vigésima oitava semana de gestação. Uma das mulheres
havia apresentado sintomas de zika na décima oitava semana de gravidez, a
outra, na décima. Na semana passada, uma pesquisa publicada no News England
Journal of Medicine, produzida por investigadores eslovenos, identificou o
vírus no tecido cerebral do feto de uma mulher que havia contraído o vírus no
Brasil — o feto tinha malformação no crânio. O estudo tornou ainda mais forte
as evidências da relação entre o zika e a microcefalia Também na última semana,
o Centro de Controle de Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos anunciou
que o vírus foi encontrado nos cérebros de dois bebês que morreram de
microcefalia no Brasil logo após o nascimento e de dois fetos, portadores da
mesma condição. TOMADO DE ZERO HORA DE RGS BR
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