Em maior
número que os manifestantes, cerca de 600 policiais militares estavam nas
proximidades aguardando o desenrolar das atividades
Representantes
de movimentos sociais e manifestantes individuais reuniram-se neste domingo
(23/6) no Complexo da República, em Brasília, para discutir propostas a serem
encaminhadas ao Poder Público, após protestos realizados em todo o país nas
últimas semanas. Até meados da tarde, sob sol forte, a Grande Assembleia dos
Povos do Distrito Federal ainda votava a metodologia de discussão, sem entrar
nos temas e propostas concretas.
O grupo de
cerca de 300 pessoas, formado essencialmente por jovens, decidiu se dividir em
grupos menores para aprofundar as discussões e retomar a assembleia no final do
dia, para consolidar então as principais propostas. Os eixos temáticos são
direitos humanos, Justiça e criminalização; reforma e participação política;
mídia e comunicação; transformações estruturais e serviços públicos; além de
Copa do Mundo.
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Com a ajuda
de um pequeno sistema de som, os organizadores tentavam coordenar as ideias
apresentadas por grupos diversos como Movimento dos Trabalhadores sem Terra,
Marcha das Vadias, Anonymous DF, Acorda Brasília e União Nacional dos
Estudantes, ou ainda por grupos sem vinculação política ou social interessados
em participar. A assembleia decidiu fazer um calendário comum de atividades nos
próximos dias para dar fôlego ao movimento unificado.
Em maior
número que os manifestantes, cerca de 600 policiais militares estavam nas
proximidades aguardando o desenrolar das atividades. De acordo com a coronel
Maria Costa, responsável por coordenar o trabalho da PM, a orientação é
acompanhar as discussões e seguir a pé com os manifestantes, caso eles decidam
sair em passeata.
Segundo
Maria Costa, a PM trabalha com estimativa de participação de até 5 mil pessoas
e conta com reserva de batalhões de apoio da Cavalaria, da Tropa de Choque e da
Ronda Ostensiva Tática Motorizada (Rotam). “Vamos garantir o direito de
locomoção e de manifestação de quem está aqui, mas também estamos preparados
para agir em casos de depredação ou violência”, observou.
Próximo ao
local da assembleia, um pequeno grupo de profissionais de saúde, vestidos de
jaleco, discutia os rumos das reivindicações contra o Ato Médico. Eles disseram
não fazer parte da discussão maior sobre os rumos do país, pois possuem uma
pauta restrita e objetiva.
TOMADO DE
CORREO BRAZILIENSE
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