Plano de Manejo de
Dunas abordará exclusão dos veículos em um trecho da Praia
Serão realizadas,nesta quinta e sexta-feira, reuniões com a
comunidade para explicar o plano e as mudanças propostas no documento
Foto: Bruno Zanini Kairalla/JA
Plano de Manejo de Dunas abordará exclusão dos veículos em
um trecho da Praia
Proposição objetiva uma área segura de lazer, sem os
veículos competirem com o espaço dos banhistas POR ESTHER LOURO
O Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (Nema) e o
Executivo Municipal realizarão reuniões com a comunidade para apresentar e
debater a revisão do Plano de Manejo de Dunas. Dentre as propostas novas, estão
a manutenção do controle dos veículos automotores que passam a área do Navio
Altair pela orla da praia do Cassino e ainda a implantação de uma faixa de
exclusão de veículos entre as ruas Rio de Janeiro e Pelotas.
A comunidade poderá participar das reuniões que acontecem
nesta quinta (9), às 19h, na Escola Pedro Carlos Peixoto Primo – avenida
Cassino n° 1316, na Querência – e nesta sexta (10), às 19h, na Escola Wanda
Rocha Martins, localizada na rua Fernando Osório Filho n° 201, no Cassino.
PENSANDO NAS PESSOAS
Segundo o coordenador do projeto Dunas Costeiras, o
oceanólogo Renato Carvalho, o plano de manejo já foi consolidado anteriormente
e o que está sendo tratado nessa oportunidade são as adequações necessárias,
tendo em mente as evoluções ambientais e sociais do balneário. “Não iremos ter
mudanças muito significativas no manejo e recuperação das dunas, a grande
proposição que temos é a de nos alinharmos às políticas estaduais e federais e
retirarmos gradualmente o trânsito de veículos na praia. O que é novo nesse
plano é a criação de uma faixa de exclusão entre as ruas Rio de Janeiro e
Pelotas”, disse.
Para Carvalho, a motivação para a criação dessa faixa foi
pensada nas pessoas. “O que propomos é uma área de lazer sem veículos, sem
disputas de espaço com automóveis, um local em que se possa aproveitar de uma
maneira despreocupada e ouvindo o barulho do mar, sem veículos com som alto,
como acontece em outros tantos locais”, explicou.
Outra questão importante é a grande extensão da praia do
Cassino, pois mesmo com as cerca de 8 quadras nas quais seria proibido o
tráfego de veículos, ainda restariam 20 km de praia para ser aproveitada por
quem prefere utilizar veículos.
PENSANDO NO IMPACTO AMBIENTAL
Outro ponto presente na revisão é a manutenção do controle
dos veículos automotores que passam a área do navio Altair, pela orla da praia
do Cassino. O controle acontece desde o verão de 2016 e tem por objetivo
verificar o impacto ambiental causado pelos veículos no local. Carvalho explica
que esse ponto na revisão, ao contrário da criação da faixa de exclusão, é
pensado no controle do impacto ambiental.
“Existe um controle, não uma exclusão dos que passam ao sul
do Navio Altair e esse controle é muito devido a grande diversidade de espécies
que existe neste local. No nosso verão, há uma grande diversidade de aves
migratórias que migram do inverno do hemisfério norte e essa cultura dos
automóveis na praia acaba pondo em risco as áreas de alimentação e repouso
dessas espécies. Com o controle podemos medir esse impacto e traçar medidas de
proteção”, explicou o oceanólogo.
PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE
Tanto o Executivo quanto o Nema contam com a participação da
comunidade no debate da revisão do plano, segundo Carvalho, a opinião da
comunidade é de muita valia. “É muito bom que a comunidade compareça na
reunião, para que se possa explicar essas ações e ouvir a comunidade. Tudo que
pensamos é para o bem comum e tudo que for debatido deve ser encarado como um
laboratório, como um período de teste, sabendo que o plano de manejo tem a
validade por 5 anos”, concluiu.
Após as reuniões com a comunidade, a revisão no Plano deve
ser apresentada ao Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema),
para após ser encaminhado à Fundação Estadual Proteção Ambiental (Fepam). Tomado
de agora de rgs br
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