Subsidiária da
Petrobras é indiciada por vazamento de óleo no RS
FELIPE BÄCHTOLD DE PORTO ALEGRE
A Polícia Federal indiciou sob suspeita de crime ambiental a
empresa Transpetro e três pessoas devido a um vazamento de óleo ocorrido em
Tramandaí (litoral norte gaúcho) em janeiro de 2012.
Na ocasião, 33,6 mil
litros de petróleo, de acordo com o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), foram lançados ao mar, cobrindo
quilômetros de uma das mais movimentadas praias do Rio Grande do Sul.
A empresa fazia o
transporte da matéria-prima de um navio que estava na costa para dutos que a
levariam até uma refinaria na região metropolitana de Porto Alegre.
A PF não divulgou os
nomes dos indiciados, mas, de acordo com o Ministério Público Federal, que
agora analisa o inquérito, a empresa envolvida é a Transpetro (divisão da
Petrobras para transporte de combustíveis).
Fotos do Ibama do
vazamento de óleo ocorrido em Tramandaí (litoral norte gaúcho) em janeiro de
2012
De acordo com a
polícia, os suspeitos deixaram de fazer a manutenção da monoboia (equipamento
flutuante usado no transbordo) no período recomendado pelo fabricante, que é de
36 meses. Com isso, apontou a investigação, houve o rompimento de uma válvula e
o consequente vazamento.
O inquérito também
afirma, citando informações repassadas pelo Ibama, que foi utilizada uma
substância tóxica à "saúde humana e ao ambiente" no processo de
contenção do óleo nas águas.
Em 2012, o Ibama e o
governo estadual aplicaram multas que somaram R$ 2,9 milhões à empresa devido
ao vazamento. O acidente causou a interdição da praia em plena temporada de
verão e obrigou a Transpetro e a prefeitura a fazer uma operação de limpeza e
retirada de óleo endurecido da areia.
OUTRO LADO
Procurada pela reportagem, a Transpetro disse nesta
terça-feira (10) que ainda não foi notificada, mas informou que era a
responsável pela operação na qual ocorreu o vazamento.
A empresa afirma que
a manutenção da válvula citada estava "em estrita conformidade" com
as recomendações do fabricante. Diz que essa parte do equipamento estava em
operação havia 13 meses --dentro do prazo definido.
Sobre o produto usado
para conter o vazamento, informou apenas que seguiu "integralmente a
legislação em vigor" ao aplicá-lo.
Também diz que atuou
"prontamente" para mitigar as consequências do acidente naquela
época. TOMADO DE FOLHIA DE SAN PABLO BR
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