martes, 13 de febrero de 2018

FUNDACIÓN ZOOBOTANICA EN ACCIÓN EN BRASIL

 Zoobotânica captou 150 milhões de dólares nas últimas duas décadas
Técnicos da FZB, George Cunha e Mariano Pairet, em coleta no lago do parque da Braskem/Divulgação
  CLEBER DIONI TENTARDINI
Nos últimos 20 anos a Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul captou 150 milhões de dólares para os cofres do Estado, através de convênios e projetos financiados por instituições de fomento nacionais e internacionais e pela iniciativa privada. O valor seria suficiente para custear a FZB por 25 anos.
Um exemplo foi o projeto de implantação do Parque de Proteção Ambiental no Polo Petroquímico (Copesul, atual Braskem) no município de Triunfo. Diversas equipes de pesquisadores da FZB fizeram o levantamento da flora e fauna terrestre e aquática na área do parque e, depois de instalado, foi feito o monitoramento ambiental por 25 anos.
Monica Mondt assessorou a direção do Museu de Ciências Naturais, da FZB, durante várias gestões, e acompanhou de perto a maioria dos projetos.
“As empresas sempre tiveram muito interesse em fazer parcerias com a Fundação Zoobotânica. Para mim, era bastante desafiador e dinâmico o trabalho, desde os grandes projetos até os menores”, afirma.
Monica e Eduardo La Porta, no setor de educação ambiental do JB
Monica tem formação superior em Turismo, entrou na FZB com contrato temporário em 1989 e passou no concurso em 1994. Entre os grandes projetos, ela lembra do Pró-Guaíba e seu programa de parques e reservas; o da General Motors, onde foram definidas como compensação ambiental na implantação da GM os estudos da vegetação e transplantes de figueiras e a criação de uma área de preservação, em Gravataí; da Refinaria Alberto
Pasqualini (Refap), onde foram feitos estudos e monitoramento da qualidade do ar por meio de indicadores biológicos; da Braskem e do Projeto de Conservação da Mata Atlântica no RS, da qual a SEMA participou também, um estudo que durou cinco anos e envolveu mais de 10 milhões de euros, sendo que mais da metade foi bancado pelo banco alemão KFW.
Monica destaca ainda a implementação de 11 Unidades de Conservação, sendo seis sedes construídas para as Unidades de Conservação, Agências Florestais e Polícia Ambiental , tendo o Museu de Ciências Naturais da FZB participação direta nos estudos.
“No projeto da Mata Atlântica, eu atuei na SEMA, de 2007 a 2011, como assessora especial da coordenadora do projeto, a bióloga Vera Lucia Pitoni, e da GOPA, uma consultoria internacional que representava o banco alemão, no Estado”, ressalta.
Monica retornou à FZB ainda em 2011 e, em 2015, passou a trabalhar no setor de Educação Ambiental do Jardim Botânico, onde permanece hoje.
Estação Ambiental da Braskem foi monitorada por 25 anos
De 1989 a junho de 2015, a Estação Ambiental da Braskem, em Triunfo, contou com monitoramento contínuo da Fundação Zoobotânica.
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esquisadoras Hilda Gastal e Silvia Hahn orientam técnico no lago da Braskem/Foto Mariano Pairet/Divulgação
O local é uma área verde que circunda o polo petroquímico de Triunfo. Trata-se de um espaço de 68 hectares de preservação, com uma ampla variedade de espécies da fauna e flora gaúcha.
Falso Íris, também conhecido como Lírio roxo das pedras/Foto Mariano Pairet/Divulgação
Jacaré no Parque de Proteção Ambiental da Braskem/Foto Mariano Pairet/Divulgação
Foram catalogadas na Estação mais de três mil espécies de plantas e animais – algas, liquens, vegetais vasculares, aves, mamíferos, répteis, anfíbios, peixes, insetos, moluscos, aranhas. Além de mata nativa, também foi monitorada a qualidade do ar e da água no rio Caí e no arroio Bom Jardim, na área de influência do Polo Petroquímico, utilizando bioindicadores. Com os dados observados nesses monitoramentos, a Fepam avalia a renovação da Licença de Operação da fábrica.
João Freire, da Braskem, com os servidores da FZB, Juliano, Glayson e Hilda/Foto Neemias Freitas/Ascom SEMA 02/06/2015
O trabalho de mais de duas décadas resultou num livro – Habitantes da Estação Ambiental Braskem – 25 anos de pesquisa -, lançado em junho de 2015.
“A iniciativa busca divulgar o conhecimento gerado a partir dessa duradoura parceria entre a Fundação Zoobotânica e a Braskem”, explicou, no evento de lançamento da obra, a técnica da FZB, Hilda Gastal, coordenadora do projeto e uma das organizadoras do livro. A publicação conta também com fotos que ilustra a diversidade da flora e da fauna da região.
O biólogo Glayson Bencke, então diretor interino do Museu de Ciências Naturais, destacou na ocasião que os pesquisadores atuaram no projeto desde 1988, do plano de manejo até o monitoramento da área, que acabou gerando o Parque de Proteção Ambiental. “Foram encontrados 1.426 exemplares da flora e 1.623 da fauna”, destacou.

A publicação foi distribuída para as escolas, bibliotecas e organizações ambientais, para servir como fonte de pesquisa e apoio ao ensino. TOMADO DE JA SUGERIDO EN FACE DE ILZA 

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