Fabricante da Coronavac foi a primeira a ter autorização para vacina da H1N1
A chinesa Sinovac Biotech tem cerca de 27 anos e também já
produziu vacinas contra o enterovírus, hepatites A e B, gripe aviária, varicela
e caxumba
Thays Martins
(crédito: YASIN AKGUL
/ AFP)
A vacina contra a covid-19 descartada
pelo presidente Jair Bolsonaro para ser comprada pelo governo
brasileiro é fabricada pela empresa que foi a primeira a ter autorização para
produzir o imunizante contra a gripe H1N1, em 2009, no mundo. Na época, a
corrida por uma vacina envolveu vários países, e a Sinovac também foi a
primeira a apresentar um projeto de dose única.
A chinesa Sinovac Biotech tem cerca de 27 anos e também já
produziu vacinas contra o enterovírus, hepatites A e B, gripe aviária, varicela
e caxumba.
A epidemia de H1N1 matou mais de 2 mil brasileiros. No
Brasil, o Instituto Butatan foi o primeiro a ser autorizado pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) a fabricar a vacina contra a doença. No caso
da covid-19, o Butatan é parceiro da Sinovac para a produção da
Coronavac.
A imunização contra o H1N1 pandêmico se iniciou em
março de 2010 no Brasil, e tinha como principal objetivo conter uma
"segunda onda" de casos no início do outono e no inverno a partir de
abril e maio daquele ano.
Na época, o Ministério da Saúde definiu cinco grupos
prioritários para a vacinação: população indígena aldeada; gestantes; pessoas
portadoras de doenças crônicas; crianças de seis meses a dois anos de idade;
adultos jovens entre 20 e 39 anos.
Hoje, a vacina contra a doença é oferecida pelo Sistema
Único de Saúde (SUS) para as pessoas do grupo de risco: crianças entre 6 meses
e 5 anos, idosos acima de 60 anos, gestantes, e portadores de doenças crônicas,
como bronquite e asma.
Coronavac
A Coronavac foi parar no meio de uma disputa política depois
que o Ministério da Saúde anunciou
a compra de 46 milhões de doses da vacina. No outro dia, o presidente Jair
Bolsonaro vetou
a aquisição e disse que a vacina chinesa não seria comprada pelo
Brasil.
Os testes da fase três da Coronavac começaram no Brasil em
julho. Na semana passada, os primeiros resultados com os 9 mil voluntários
testados apontaram que a vacina é segura. Segundo o governo de São Paulo,
nenhum dos voluntários teve efeitos adversos graves
Além da Coronavac, atualmente, 213 candidatas à vacina
contra a covid-19 estão em desenvolvimento, sendo que nove estão na fase três
dos estudos, a última etapa antes da aprovação.
Tomado de correio brasiliense
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