sábado, 24 de octubre de 2020

FABRICANTE DA CORONAVAC FOI A PROMEIRA A TER AUTORIZAÇÃO PARA VACINA DA H1N1

 


Fabricante da Coronavac foi a primeira a ter autorização para vacina da H1N1

A chinesa Sinovac Biotech tem cerca de 27 anos e também já produziu vacinas contra o enterovírus, hepatites A e B, gripe aviária, varicela e caxumba

Thays Martins

 (crédito: YASIN AKGUL / AFP)

A vacina contra a covid-19 descartada pelo presidente Jair Bolsonaro para ser comprada pelo governo brasileiro é fabricada pela empresa que foi a primeira a ter autorização para produzir o imunizante contra a gripe H1N1, em 2009, no mundo. Na época, a corrida por uma vacina envolveu vários países, e a Sinovac também foi a primeira a apresentar um projeto de dose única. 

A chinesa Sinovac Biotech tem cerca de 27 anos e também já produziu vacinas contra o enterovírus, hepatites A e B, gripe aviária, varicela e caxumba. 

A epidemia de H1N1 matou mais de 2 mil brasileiros. No Brasil, o Instituto Butatan foi o primeiro a ser autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a fabricar a vacina contra a doença. No caso da covid-19, o Butatan é parceiro da Sinovac para a produção da Coronavac. 

A imunização contra o H1N1 pandêmico se iniciou em março de 2010 no Brasil, e tinha como principal objetivo conter uma "segunda onda" de casos no início do outono e no inverno a partir de abril e maio daquele ano.

Na época, o Ministério da Saúde definiu cinco grupos prioritários para a vacinação: população indígena aldeada; gestantes; pessoas portadoras de doenças crônicas; crianças de seis meses a dois anos de idade; adultos jovens entre 20 e 39 anos.

Hoje, a vacina contra a doença é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para as pessoas do grupo de risco: crianças entre 6 meses e 5 anos, idosos acima de 60 anos, gestantes, e portadores de doenças crônicas, como bronquite e asma.

Coronavac 

A Coronavac foi parar no meio de uma disputa política depois que o Ministério da Saúde anunciou a compra de 46 milhões de doses da vacina. No outro dia, o presidente Jair Bolsonaro vetou a aquisição e disse que a vacina chinesa não seria comprada pelo Brasil. 

Os testes da fase três da Coronavac começaram no Brasil em julho. Na semana passada, os primeiros resultados com os 9 mil voluntários testados apontaram que a vacina é segura. Segundo o governo de São Paulo, nenhum dos voluntários teve efeitos adversos graves

Além da Coronavac, atualmente, 213 candidatas à vacina contra a covid-19 estão em desenvolvimento, sendo que nove estão na fase três dos estudos, a última etapa antes da aprovação. 

Tomado de correio brasiliense

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