Brasil negocia compra de 10 milhões de vacinas Sputnik V
Outros dois milhões estariam no Brasil um mês depois e mais 7,6 milhões ao longo do segundo e terceiro meses
NATALIA KOLESNIKOVA/AFP/JC
O Brasil negocia a compra de 10 milhões de doses de vacina
contra a Covid-19 Sputnik V, desenvolvida na Rússia pelo Instituto Gamaleya,
informou hoje (5) o Ministério da Saúde (MS). A manifestação do interesse do
país no imunizante foi feita durante reunião com representantes do laboratório
União Química, farmacêutica responsável no Brasil pela vacina russa.
De acordo com o ministério, a decisão de avançar as
negociações ocorreu após a Anvisa autorizar o novo protocolo com a simplificação do
processo de concessão de uso emergencial e temporário de vacinas,
dispensando a realização de estudos clínicos da fase 3.
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio
Franco, disse que a compra da vacina também está condicionada ao custo do
imunizante, que, segundo ele, "deve ser competitivo".
"Iremos contratar e comprar as 10 milhões de
doses se o preço for plausível, e efetuaremos o pagamento após a Anvisa dar a
autorização para uso emergencial da Sputnik V, fazendo a disponibilização
imediatamente aos brasileiros", disse Franco.
A quantidade de doses se baseou em documento
apresentado à pasta pelo Fundo Soberano Russo/Instituto Gamaleya, da Rússia,
onde o imunizante é fabricado. No Brasil, a vacina será produzida no Distrito
Federal sob responsabilidade da farmacêutica União Química.
Segundo o ministério, pelo cronograma, o país
receberia 400 mil doses uma semana após a assinatura do contrato de compra.
Outros dois milhões estariam no Brasil um mês depois e mais 7,6 milhões ao
longo do segundo e terceiro meses.
O secretário-executivo disse ainda que o ministério
estuda a aquisição da vacina produzida pela União Química no Brasil. A
expectativa é que o laboratório consiga produzir, a partir de abril, 8 milhões
de doses.
"Futuramente, a depender dos entendimentos que
tivermos com a União Química, interessa-nos também adquirir a produção que a
empresa vier a fazer no Brasil dessa vacina", disse Franco.
Agência Brasil //
tomado de envio de journal do comercio rgs br
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