BANCO CENTRAL VÊ INFLAÇÃO ABAIXO DE 4% EM 2017 E MANTÉM ALTA
DO PIB EM 0,5%
A projeção para a agricultura foi alterada, de alta de 6,4%,
no último relatório, para 9,6%
FERNANDO KLUWE DIAS /SECRETÁRIA DA
Com uma inflação abaixo do esperado em março, abril e maio,
o Banco Central reduziu sua projeção do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)
para 2017 de 4% para 3,8% no final do ano.
Os dados foram publicados no relatório trimestral de
inflação do BC, divulgado nesta quinta-feira (22). A autoridade monetária
informou ainda que manteve sua projeção para o PIB deste ano, de alta de 0,5%.
O BC acredita que, em um cenário em que as expectativas de
analistas de mercado do boletim Focus para juros e câmbio se mantenham
constantes, a inflação do terceiro trimestre ficará em 2,9%. Nesse contexto, o
IPCA chegará a 3,8% no final do ano, abaixo do centro da meta, de 4,5%.
"Esse valor mínimo previsto para o terceiro trimestre
de 2017 decorre, em boa medida, da sequência de choques de alimentos desde
2016, com efeito adverso no terceiro trimestre do ano passado e efeitos
favoráveis desde então", afirma o BC no relatório.
A projeção para o PIB foi mantida em alta de 0,5%, mas o
desempenho esperado para os diferentes setores foi alterado.
A projeção para a agricultura foi alterada, de alta de 6,4%,
no último relatório, para 9,6%. Já o desempenho da indústria foi revisto de
queda de 0,1% para alta de 0,3%.
A projeção para o consumo das famílias, por outro lado, foi
revisada de um crescimento de 0,5% para estabilidade. "A piora está
associada, principalmente, ao dinamismo do mercado de trabalho e à evolução do
crédito ao longo do primeiro semestre deste ano", diz o BC no relatório.
Por causa do ajuste fiscal, o consumo do governo também foi
alterado, de aumento de 0,2% para uma queda de 0,6%. A autoridade monetária
também está mais pessimista que no relatório anterior em relação aos
investimentos: em vez de queda de 0,3%, projeta agora um recuo de 0,6%.
O BC voltou a frisar o risco da manutenção da incerteza
política sobre a economia e a ressaltar a necessidade de reformas, além de
citar a avaliação da ata do último Copom (Comitê de Política Monetária) de que
uma redução moderada da taxa básica de juros pode "se mostrar adequada na
próxima reunião".
"A manutenção, por tempo prolongado, de níveis de
incerteza elevados sobre a evolução do processo de reformas e ajustes na
economia pode ter impacto negativo sobre a atividade" disse a autoridade
monetária. Tomado de journal do comercio de rgs br
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