OBRAS DA PONTE DO GUAÍBA SÃO RETOMADAS A PASSOS LENTOS
Até o final do ano, outros R$ 42 milhões serão repassados
JONATHAN HECKLER/ Suzy Scarton
As obras da segunda Ponte do Guaíba, em Porto Alegre, foram
retomadas ontem. Dezenas de funcionários foram vistos circulando pelo canteiro
de obras diante da liberação de duas das parcelas prometidas pelo governo
federal, somando R$ 42 milhões, de um investimento total de R$ 100 milhões para
os próximos meses. No entanto, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores
nas Indústrias da Construção Pesada no Rio Grande do Sul (Siticepot), Isabelino
Garcia, se mostra cético quanto à retomada dos serviços.
Ele estima que somente 60 funcionários estejam atuando no
local. "O ritmo está devagar e trabalharemos conforme chegar o dinheiro.
Não vamos tocar sem receber", garante. Ele calcula que, considerando o
tempo de interrupção dos trabalhos, a obra só seja finalizada em meados de
2019. "Tomara que eu esteja errado, mas não senti firmeza nessa
retomada", lamenta.
A Superintendência Regional do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (Dnit/RS) discorda da afirmação. Segundo o órgão,
a obra está sendo executada por cerca de 150 funcionários e há previsão de
ampliar a contratação. Até o final de novembro, o consórcio formado pelas
empresas Queiroz Galvão e EGT Engenharia deve contratar 100 operários. O
Dnit confirmou o empenho, no início de outubro, de R$ 22 milhões. Em
complementação, também foi feito o segundo repasse, de R$ 20 milhões. A
previsão é de que sejam empenhados, até o final do ano, mais R$ 42 milhões. No
entanto, a autarquia ainda está reprogramando os prazos de entrega da obra e
não possui data definida.
Enquanto isso, uma comissão da Assembleia Legislativa do Rio
Grande do Sul viaja hoje à Brasília para tratar de outra questão: o contrato
com a concessionária Triunfo Concepa, que termina em 4 de julho de 2017. Por
enquanto, não há movimentação que garanta a renovação da licença ou um novo
processo licitatório.
Já é a segunda vez que o grupo vai ao Distrito Federal. Na
primeira vez, o Movimento Ponte do Guaíba, a bancada gaúcha e o senador Lasier
Martins (PDT) uniram forças para obter a liberação dos recursos para a retomada
do serviço. Agora, segundo Luiz Domingues, vice-presidente do Movimento Ponte
do Guaíba, a intenção é exigir que sejam garantidos técnicos capacitados para
fazer o içamento do vão móvel, fundamental para o transporte de gás de cozinha,
por exemplo. "Temos de conversar porque esse problema, com o término do
contrato, vai existir", alerta. TOMADO DE JOURNAL DO COMERCIO DE RGS BR
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