AUMENTA O INTERESSE
PELA GERAÇÃO PRÓPRIA DE ENERGIA NO PAÍS
Mudança na legislação vigente pode impulsionar mais o
mercado, destaca Medeiros
Jefferson Klein
O apelo da geração distribuída (produção de eletricidade no
local de consumo com equipamentos como, por exemplo, painéis fotovoltaicos) é
algo palpável dentro do setor elétrico atualmente. Prova disso é o levantamento
realizado pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia
(Abraceel) e pelo Ibope Inteligência que indica que 89% da população tem
disposição em gerar energia renovável em casa.
Dentro desse público, destacam-se pessoas de 25 a 44 anos,
com Ensino Médio e Superior e renda familiar acima de cinco salários-mínimos.
Um dos fatores que levam o consumidor a querer gerar sua própria energia,
argumenta o presidente da Abraceel, Reginaldo Medeiros, é o elevado preço
cobrado pelas concessionárias. O executivo acrescenta que a perspectiva é de
que, com o avanço da tecnologia e o aumento da escala de produção, diminua o
preço de equipamentos como os sistemas fotovoltaicos.
Uma condição que pode aquecer ainda mais esse mercado, de
acordo com o dirigente, é uma mudança na legislação vigente. Atualmente, os
usuários residenciais ou estabelecimentos comerciais que aproveitam a energia
solar podem abater das suas contas de luz a energia gerada. No entanto, não
podem vender um eventual excedente para a rede elétrica. Medeiros defende que é
preciso alterar essa regra.
A "Pesquisa de Opinião Pública sobre Energia
Elétrica" realizou 2002 entrevistas em âmbito nacional entre os dias 18 e
22 de maio de 2017. Para amostra nacional, o erro de amostragem é de no máximo
2 pontos percentuais (Brasil) com 95% de intervalo de confiança. Os dados podem
ser projetados para o total da população com 16 anos ou mais. O levantamento
também abordou outros temas, além da geração de energia renovável em casa. O
estudo indicou que 80% dos consumidores acham o preço da energia caro ou muito
caro. O trabalho aponta ainda que 64% respondeu que a principal motivação para
economizar energia seria não pagar uma conta muito elevada e atrapalhar o
orçamento familiar.
Medeiros considera que seria excelente se o governo federal
fizesse uma campanha divulgando e explicando as medidas que podem ser tomadas
para se ter um consumo de energia mais eficiente e racional. Ele cita como
exemplo que, em média, 11% do consumo de eletricidade de uma casa corresponde a
aparelhos que estão em modo stand-by. TOMADO DE JOURNAL DO COMERCIO DE RGS BR
No hay comentarios:
Publicar un comentario