Exigência do exame toxicológico, obrigatório aos motoristas
de caminhão desde 2016, agora chega aos profissionais de transporte privado.
Mais exatamente em Porto Alegre, que implementa a lei a
partir da semana que
vem
DF Deborah Fortuna - Especial para o Correio
Além da segurança, norma tem a função de dar mais
credibilidade aos taxistas: competitividade com aplicativos(foto: Joel
Vargas/PMPA)
Além da segurança, norma tem a função de dar mais
credibilidade aos taxistas: competitividade com aplicativos
(foto: Joel Vargas/PMPA)
Antes da paralisação e das reclamações quanto ao preço do
diesel, os caminhoneiros enfrentaram uma exigência que causou polêmica na
categoria. Desde 2016, eles devem se submeter aos exames toxicológicos para
atestar condições de dirigir veículos pesados por longas horas nas estradas que
cortam o país. Na época, a principal reivindicação dos motoristas ouvidos pelo
Correio era de que o modelo deveria ser implementado para todos os outros
profissionais. A demanda foi ouvida e, partir da próxima semana, os taxistas de
Porto Alegre também terão que se adequar à regra.
Por enquanto, apenas
a capital gaúcha passará pela implementação do exame toxicológico para a
categoria. Porém, a ideia é de que essa decisão abra espaço para incentivar
outras cidades e, um dia, a norma se tornar nacional. “O caso dos táxis é muito
importante por causa de acidente. Mas tem outra vantagem: a segurança para quem
está sendo transportado. Caminhões levam cargas e, nesse caso, é uma garantia
para as pessoas”, analisa o prefeito da cidade, Nelson Marchezan Júnior (PSDB).
A partir da publicação da nova Lei dos Táxis, em 6 de junho,
os taxistas deverão realizar o exame a cada 12 meses. Os caminhoneiros, por
exemplo, precisam repetir o teste uma vez a cada dois anos. O processo funciona
da seguinte forma: na clínica são colhidas amostras de cabelo, pelos ou unha.
Se o motorista tiver feito uso de qualquer substância ilícita em um período que
varia até seis meses, o material será detectado. As drogas identificadas são
maconha, cocaína, anfetaminas, ecstasy e opiáceos.
Mais alterações Com a lei que obriga o exame, há outras
mudanças. Por exemplo: a cor do veículo passa do vermelho ibérico para o
branco. A alteração foi solicitada pelo sindicato local por questão de economia
— a adequação custa em torno de R$ 2,5 mil por veículo, mas a compra pode ficar
mais barata. As mais pertinentes aos clientes, entretanto, dizem respeito ao
histórico criminal do motorista, à possibilidade de a corrida ser filmada para
garantir a segurança do passageiro e ao sistema de monitoramento a GPS, por
exemplo. “Outro diferencial é a
biometria. Agora, o taxímetro só vai ligar com a digital do motorista, ou seja,
só dirige o táxi aquele profissional que passou em todos os exames”, explica
Marchezan. Além da aumentar a competitividade com os aplicativos móveis — com
uma maior credibilidade —, a ideia é de que as viagens fiquem mais seguras. “As
mulheres preferem pagar o aplicativo por causa da segurança. Com esses
diferenciais, não há dúvida em dizer que ele vai ser o meio mais seguro do
Brasil”, garante o prefeito. Na cidade,
a frota de táxis é composta por 3,9 mil carros. Existem, no entanto, 10,8 mil
condutores de táxi cadastrados na Empresa Pública de Transporte Coletivo
(EPTC), além de 153 pontos fixos e 177 livres. Uma das polêmicas em torno do
mesmo exame para caminhoneiros era a questão do custo: o motorista interessado
paga pelo exame. No caso dos taxistas, quem banca os R$ 200 do teste é o
profissional ou a empresa contratante. “Toda a mudança enfrenta barreiras.
Quando tivermos os resultados da modernidade do uso da tecnologia, isso vai ser
copiado”, afirma Marchezan. / TOMADO DE EL CORREIO BRAZILIENSE
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