Em declaração à agência Reuters, empresa chinesa Sinovac Biotech diz que vacina apresentou respostas ‘ligeiramente mais fracas’ em pessoas mais velhas em comparação com jovens
Maíra Alves
(foto: Mladen
Antonov/AFP)
A vacina produzida pela empresa chinesa Sinovac Biotech
contra a covid-19, que está sendo testada no Brasil com
ajuda da Universidade de Brasília (UnB), se mostra segura para idosos, mas
pode apresentar resultados menos eficazes nas pessoas mais velhas, justamente
as que são mais ameaçadas pelo novo coronavírus. A informação foi dada à
agência de notícias Reuters por um representante da empresa
chinesa, com base em resultados preliminares de um teste inicial a
intermediário.
Segundo Liu Peicheng, assessor de comunicação da Sinovac, a
vacina, batizada de CoronaVac, não causou efeitos colaterais graves em testes
combinados de fase 1 e fase 2, lançados em maio e dos quais 421 pessoas com
pelo menos 60 anos participaram. Os resultados completos não foram publicados
nem disponibilizados para a imprensa.
Entenda a reação da vacina em idosos
Mais de 90% dos participantes que tomaram duas injeções de
baixa, média e alta dose da vacina experimentaram alta significativa nos níveis
de anticorpos. Contudo, os níveis de imunização em pessoas mais velhas foram
ligeiramente mais baixos do que os observados em indivíduos mais jovens, apesar
de os resultados estarem em linha com as expectativas, explicou a representante
à Reuters.
A CoronaVac, que está sendo pesquisada no Brasil e na
Indonésia, já está no estágio final de testes para avaliar se é eficaz e segura
o suficiente para obter aprovações regulatórias para uso em massa. Ela também
faz parte de um esquema emergencial de vacinação implementado na China para as
pessoas que estão expostos a um alto risco de infecção.
Exibição das vacinas chinesas
A Sinovac Biotech e a Sinopharm exibiram nesta segunda, pela primeira vez, suas vacinas contra
o novo coronavírus em uma feira comercial em Pequim.
As doses produzidas pelas empresas estão na fase 3 de testes
em humanos e ainda não podem ser comercializadas, mas geram grandes
expectativas na China. Quatro das oito vacinas do mundo que estão na terceira
fase de testes são produzidas no país.
As fabricantes esperam obter a aprovação das autoridades para
disponibilizá-las ao mercado antes do fim do ano. Um funcionário da Sinovac
afirmou à AFP que a empresa já "terminou de construir uma
fábrica" capaz de produzir 300 milhões de doses por ano.
TOMADO DE CORREIO BRAZILIENSE
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