Fórum da Lagoa dos Patos discute Plano de Gestão para o uso
Sustentável da Tainha
Entre os encaminhamentos, estão o ingresso de uma ação
judicial e a formação de uma comissão para tratar sobre o assunto
Bruno Zanini Kairalla Fórum da Lagoa dos Patos dis cute
Plano de Gestão para o uso Sustentável da Tainha
Dezenas de pescadores participaram da discussão que ocorreu
na sede da Colônia Z1
Foto POR ALINE RODRIGUES
O Fórum da Lagoa dos Patos realizou, na tarde desta quinta
(26), uma reunião para discutir sobre do Plano de Gestão para o uso Sustentável
da Tainha e sobre seus efeitos acerca da pesca artesanal no estuário da Lagoa
dos Patos. A reunião ocorreu na sede da Colônia de Pescadores Z1. Para Nilton
Machado, presidente da Colônia Z1 e presidente do Fórum, uma das ideias é
formar uma comissão entre lideranças políticas, pescadores e entidades ligadas
ao setor. Posteriormente, o objetivo é dirigir-se até Brasília para tentar
reverter o que está estabelecido no plano.
Conforme o presidente, o plano tem medidas que alteram a
pesca artesanal, o que, segundo ele, afeta os pescadores do Rio Grande e
região. "Temos que ir todos juntos. Sozinho ninguém vai conseguir
nada", declara, referindo-se à viagem para Brasília.
Durante a reunião, os membros apresentaram o Plano de Gestão
para o uso Sustentável da Tainha. Eles explicaram que o Fórum já está
mobilizado para discutir questões relacionadas ao plano desde outubro do ano
passado, e tem buscado espaços para discutir o assunto. Os membros observaram
que este plano afeta bastante a pesca artesanal.
Na reunião dos cinco municípios que compõem o Fórum, quatro
estavam representados e já confirmaram a participação na comissão. São eles:
Rio Grande, São José do Norte, Pelotas e São Lourenço do Sul. Apenas a cidade
de Tavares ainda não confirmou. Na ocasião, além da formação da comissão, que
contará com a participação dos prefeitos, secretários da pesca, pescadores e
lideranças políticas nas esferas municipais, estadual e federal, ficou
decidido, também, o ingresso com uma ação judicial. "Nós vamos entrar com
ação judicial pedindo para parar o processo e evitar que o plano entre em vigor
agora, para que se possa discutir com a nossa participação, porque na outra vez
a nossa região não participou da discussão", explica o presidente.
MEDIDAS
Segundo dados, constam no plano medidas que poderão
restringir a pesca artesanal. De acordo com informações, o objetivo do plano é
assegurar a sustentabilidade bioecológica e socioeconômica nas pescarias de
tainha sobre os estoques Sul e Norte, nas regiões Sudeste e Sul do Brasil.
Ainda conforme informações, o plano determina algumas medidas e ações que
atingem a gestão sustentável da tainha, que trazem mudanças na pesca artesal e
industrial, desenvolvidas nos ambientes estuarino-lagunar e marinho, nas
regiões Sul e Sudeste do Brasil. O controle do esforço de pesca é a principal
medida de gestão.
Outras medidas que afetam a pesca artesanal, são a proibição
do uso de todos os tipos de redes (exceto pesca desembarcada com tarrafa ou
arrastão de praia com embarcações não motorizadas) nas áreas
estuarino-lagunares, no período de 1º de abril a 31 de maio, aumento do tamanho
mínimo de captura da tainha, criação de áreas de exclusão à pesca com redes,
entre outras. tomado de agora de rgs br
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