jueves, 15 de diciembre de 2016

INCÊNDIO CONSOME CERCA DE 200 HECTARES DE VEGETAÇÃO EM DOMINGOS PETROLINE rgs Brasil

 INCÊNDIO CONSOME CERCA DE 200 HECTARES DE VEGETAÇÃO EM DOMINGOS PETROLINE rgs Brasil
Fortes ventos e falta de umidade fizeram o fogo se alastrar facilmente, dificultando o trabalho dos poucos bombeiros que atuam no local
Foto: Fabio Dutra/JA Previsão dos bombeiros era de virar a noite na empreitada contra o fogo POR ESTHER LOURO
Na localidade de Domingos Petroline, a terça (13) foi de fogo, fuligem e estampidos dos eucaliptos sendo consumidos pelas chamas. Um grande incêndio teve início na segunda (12), nas proximidades do Sítio Santa Cruz, e se espalhou por um banhado. As chamas foram sendo monitoradas durante a noite e madrugada de segunda e na manhã de ontem (13), mas, com a mudança na direção dos ventos, elas se alastraram com mais rapidez e força, e, às 12h30min, as chamas chegaram à sede da Fepagro Sul – Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária – em Domingos Petroline.
No entorno da Fepagro, existem várias residências e também a Escola de Estadual de Ensino Fundamental Dr. Pedro Francisco Bertoni. As chamas chegaram muito próximas aos prédios e tiveram que ser monitoradas pelos bombeiros. A Bertoni, como é conhecida, recebe alunos das localidades de Domingos Petroline e da Palma. No fim da tarde de ontem, a escola era a maior preocupação da comunidade.
POUCOS HOMENS E MUITA VONTADE
Devido à magnitude das chamas que, na tarde de ontem, já haviam se alastrado por pelo menos 200 hectares. Dois caminhões ativos do Corpo dos Bombeiros do Rio Grande permaneciam no local – que fica a 40 minutos da área central da cidade – com duas equipes. No total, o efetivo era de cinco bombeiros combatendo diretamente as chamas, visivelmente, uma quantidade inexpressiva para a grande área atingida.
Com a força dos ventos, que rapidamente trocavam de direção, o fogo parecia vir de todos os lados. Os combatentes se revezavam nos focos que causavam mais risco imediato às estruturas da Fepagro e à escola.
Em um determinado momento, os combatentes controlavam chamas altas em eucaliptos dentro da área da Fepagro, mas acabaram sendo chamados para cessar o fogo que se aproximava da escola Bertoni. Desta forma, os poucos combatentes trocavam várias vezes de locais para, assim, tentar controlar o fogo em outras áreas, com o objetivo de suprir a falta de mais bombeiros.
A projeção dos combatentes era de virar a noite na empreitada contra o fogo.
COMUNIDADE PREOCUPADA
Luis Fernando Contreira é morador de Domingos Petroline há oito anos e estava auxiliando os combatentes como podia. Para ele, esse incêndio "infelizmente" pode ser o primeiro de vários nesta temporada.
“Agora no verão é assim, fica tudo muito seco e, com certeza, vão ter mais como esse”. Contreira também comentou sobre o trabalho do Corpo de Bombeiros, elogiando os combatentes que trabalham de forma firme mesmo com os salários parcelados e acrescentou: “é brabo ver isso, pouquíssimos bombeiros trabalhando, é isso que dá. Esse Estado sucateado, não tem o que precisa e quem está aí, ainda, não é valorizado”, disse.
Aparentemente nervosa com o fogo se aproximando do prédio da escola, Elisete Silva, moradora há 30 anos da localidade, contou que o fogo é mais comum nos banhados próximos, e que, normalmente, as chamas não se aproximam das casas e da escola. Elisete temia que o fogo chegasse à Escola Bertoni. “Imagina se pega fogo num colégio desses. Se eles [governo] nem arrumar o que precisa arrumam, imagina se queimar”, concluiu Elisete. Tomado de agora de rgs br


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