INCÊNDIO CONSOME
CERCA DE 200 HECTARES DE VEGETAÇÃO EM DOMINGOS PETROLINE rgs Brasil
Fortes ventos e falta de umidade fizeram o fogo se
alastrar facilmente, dificultando o trabalho dos poucos bombeiros que atuam no
local
Foto: Fabio
Dutra/JA Previsão dos bombeiros era de virar a noite na empreitada
contra o fogo POR ESTHER LOURO
Na localidade de Domingos Petroline, a terça (13) foi de
fogo, fuligem e estampidos dos eucaliptos sendo consumidos pelas chamas. Um
grande incêndio teve início na segunda (12), nas proximidades do Sítio Santa
Cruz, e se espalhou por um banhado. As chamas foram sendo monitoradas durante a
noite e madrugada de segunda e na manhã de ontem (13), mas, com a mudança na
direção dos ventos, elas se alastraram com mais rapidez e força, e, às
12h30min, as chamas chegaram à sede da Fepagro Sul – Fundação Estadual de Pesquisa
Agropecuária – em Domingos Petroline.
No entorno da Fepagro, existem várias residências e também a
Escola de Estadual de Ensino Fundamental Dr. Pedro Francisco Bertoni. As chamas
chegaram muito próximas aos prédios e tiveram que ser monitoradas pelos
bombeiros. A Bertoni, como é conhecida, recebe alunos das localidades de
Domingos Petroline e da Palma. No fim da tarde de ontem, a escola era a maior
preocupação da comunidade.
POUCOS HOMENS E MUITA VONTADE
Devido à magnitude das chamas que, na tarde de ontem, já
haviam se alastrado por pelo menos 200 hectares. Dois caminhões ativos do Corpo
dos Bombeiros do Rio Grande permaneciam no local – que fica a 40 minutos da
área central da cidade – com duas equipes. No total, o efetivo era de cinco
bombeiros combatendo diretamente as chamas, visivelmente, uma quantidade
inexpressiva para a grande área atingida.
Com a força dos ventos, que rapidamente trocavam de direção,
o fogo parecia vir de todos os lados. Os combatentes se revezavam nos focos que
causavam mais risco imediato às estruturas da Fepagro e à escola.
Em um determinado momento, os combatentes controlavam chamas
altas em eucaliptos dentro da área da Fepagro, mas acabaram sendo chamados para
cessar o fogo que se aproximava da escola Bertoni. Desta forma, os poucos
combatentes trocavam várias vezes de locais para, assim, tentar controlar o
fogo em outras áreas, com o objetivo de suprir a falta de mais bombeiros.
A projeção dos combatentes era de virar a noite na
empreitada contra o fogo.
COMUNIDADE PREOCUPADA
Luis Fernando Contreira é morador de Domingos Petroline há
oito anos e estava auxiliando os combatentes como podia. Para ele, esse
incêndio "infelizmente" pode ser o primeiro de vários nesta
temporada.
“Agora no verão é assim, fica tudo muito seco e, com
certeza, vão ter mais como esse”. Contreira também comentou sobre o trabalho do
Corpo de Bombeiros, elogiando os combatentes que trabalham de forma firme mesmo
com os salários parcelados e acrescentou: “é brabo ver isso, pouquíssimos bombeiros
trabalhando, é isso que dá. Esse Estado sucateado, não tem o que precisa e quem
está aí, ainda, não é valorizado”, disse.
Aparentemente nervosa com o fogo se aproximando do prédio da
escola, Elisete Silva, moradora há 30 anos da localidade, contou que o fogo é
mais comum nos banhados próximos, e que, normalmente, as chamas não se
aproximam das casas e da escola. Elisete temia que o fogo chegasse à Escola
Bertoni. “Imagina se pega fogo num colégio desses. Se eles [governo] nem
arrumar o que precisa arrumam, imagina se queimar”, concluiu Elisete. Tomado de
agora de rgs br
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