Ministério da Saúde amplia vacinação em todas as faixas
etárias Com a eficiência de R$ 66,5 milhões, seis vacinas terão seu
público-alvo ampliado este ano: tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto C
e
hepatite A, além de HPV e Meningocócica
Jorge Cruz/ABr
Ministério da Saúde amplia vacinação em todas as faixas
etárias
"Vamos alcançar maior cobertura vacinal e mais
segurança de saúde para a população”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo
Barros.
Os postos de saúde de todo o país já estão com o novo
calendário de vacinação para 2017. Neste ano, foi ampliado o público-alvo de
seis vacinas: tríplice viral, tetra viral, dTpa adulto, HPV, Meningocócica C
e hepatite A. A medida foi possível
devido à economia de R$ 66,5 milhões, obtida pelo Ministério da Saúde, a partir
da negociação e redução de até 11% no valor da dose de três vacinas: Hepatite
A, HPV e dTpa. A eficiência de gestão garantiu a ampliação da cobertura vacinal
e a aquisição de mais de 11,5 milhões de doses da vacina de febre amarela.
“O Ministério da Saúde investe anualmente R$ 3,9 bilhões na
compra de 300 milhões de doses de vacinas para proteger contra 20 tipos de
diferentes de doenças. Estamos conseguindo negociar com os fornecedeores,
inclusive os laboratórios públicos, vacinas por um menor. Só em três vacinas,
economizamos R$ 66,5 milhões, e com isso, conseguimos ampliar a vacinação para
diversos grupos, como por exemplo, a vacina HPV para meninos. Assim, vamos
alcançar maior cobertura vacinal e mais segurança de saúde para a população”,
afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
HEPATITE A – Essa
vacina é altamente eficaz, com taxas de soroconversão de 94% a 100%. Em países
que adotaram o esquema de vacinação com uma dose, houve controle da incidência
da doença, principalmente em creches e instituições semelhantes, proporcionando
proteção de rebanho para a população geral. Além disso, estudos também têm
demonstrado que, em cerca de 95% dos vacinados, há produção de anticorpos em
níveis protetores, quatro semanas após a vacinação com uma dose.
TETRA VIRAL (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) – O
Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a vacinação das crianças com a
tríplice viral (sarampo, Caxumba e rubéola) aos 12 meses de idade (primeira
dose) e aos 15 meses com a tetra viral (segunda dose com a varicela). Vale
reforçar que em países que adotaram esquema de uma dose contra varicela
(semelhante ao do Brasil) houve queda acentuada do número total de casos da
doença, de hospitalizações e de óbitos a ela relacionados.
HPV – Também será ofertada, a partir de 2017, a vacina HPV
para meninos. Desde 2014, a vacina é oferecida para meninas de 9 a 13 anos.
Agora, o público-alvo incluirá também meninas de 14 anos. Ainda para este ano,
além dos meninos, a vacina também será oferecida para homens vivendo com HIV e
aids entre 9 e 26 anos de idade, e para imunodeprimidos, como transplantados e
pacientes oncológicos. Desde 2015, as mulheres (9 e 26 anos) que vivem com
HIV/Aids recebem a vacina.
MENINGOCÓCICA C – Além de proporcionar proteção aos adolescentes,
a ampliação alcançará o efeito protetor da imunidade de rebanho; ou seja, a
proteção indireta das pessoas não vacinadas. O esquema vacinal para esse
público será de um reforço ou uma dose única, conforme a situação vacinal.
dTpa ADULTO – A vacina adsorvida difteria, tétano e
pertussis (acelular) tipo adulto passa a ser
recomendada para as gestantes a partir da 20ª semana de gestação. As
mulheres que perderam a oportunidade de serem vacinadas durante a gestação,
devem receber uma dose de dTpa no puerpério, o mais precoce possível. Com essa
medida, o Ministério da Saúde busca garantir que os bebês possam nascer
protegidos contra a coqueluche, por conta dos anticorpos que são transferidos
da mãe para o feto, evitando que eles contraiam a doença até que completem o
esquema de vacinação com a vacina penta, o que só ocorre aos seis meses de
idade.
Apesar da vacina dTpa poder ser aplicada no puerpério, é
importante ressaltar que esta estratégia só deve ser realizada como última
opção, pois ao se vacinar uma gestante após o parto, não haverá transferência
de anticorpos para o feto, consequentemente, há diminuição da possibilidade de
proteção das crianças contra a coqueluche nos primeiros meses de vida.
TRIPLICE VIRAL (sarampo, caxumba e rubéola) - Com esta mudança, busca-se a correção da
falha vacinal neste grupo e também considera a situação epidemiológica da
caxumba nos últimos anos, cujos surtos têm acometido, principalmente,
adolescentes e adultos jovens nesta faixa etária. A adoção do esquema de duas
doses para esse grupo contribuirá na redução de casos da doença. Deste modo,
duas doses contra sarampo, caxumba e rubéola passam a ser disponibilizadas para
pessoas de 12 meses até 29 anos de idade. Para os adultos de 30 a 49 anos
permanece a indicação de apenas uma dose de tr& iacute;plice viral.
VACINAS – Atualmente são ofertadas gratuitamente no Sistema
Único de Saúde (SUS) 19 vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde
(OMS), beneficiando todas as faixas etárias. Por ano, são disponibilizados pela
rede pública de saúde de todo o país, cerca de 300 milhões de doses de
imunobiológicos para combater mais de 20 doenças.
Em 2016, o investimento do Ministério da Saúde na oferta de
vacinas foi de R$ 3,9 bilhões um crescimento de 225% na comparação com o ano de
2010, quando foi investido R$ 1,2 bilhão. Para 2017 está previsto um
investimento de R$ 3,9 bilhões. TOMADO DE AGORA DE RGS BR
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