Abertura da 18a Expodireto em Não-Me-Toque
Abertura da feira teve governador e críticas sobre previdência
e até segurança no campo
PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
O presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, abriu a 18ª
edição da Expodireto, na manhã desta segunda-feira (6), em Não-Me-Toque,
apontando que ela será marcada pela maior safra de grãos da história do Rio
Grande do Sul. "É a feira da esperança e oportunidade", emendou
Mânica, citando que vê sinais de recuperação da economia e com inflação e juros
em queda. A feira vai até sexta-feira (10) com previsão de crescimento de mais
de 15% na receita de vendas, chegando a R$ 1,7 bilhão.
"O Rio Grande vive momento importante de produção.
Teremos com certeza a maior e melhor safra da história", reforçou o
dirigente da cooperativa que promove o evento. O presidente da Cotrijal
destacou a inovação e novidade em tecnologia como o melhor do evento. "A
cada 14 meses há mais de 100% de melhorias, inovações e lançamentos no processo
produtivo. No parque, estão todas as inovações", dimensionou.
Crise política e reforma da Previdência
Um dos temas que deve pautar toda a feira é a proposta de
reforma da previdência. O tema foi citado por todas as autoridades na abertura.
Na sexta-feira (10), Comissão de
Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado terá audiência pública no parque.
Mânica citou que a reforma é necessária, mas foi cauteloso sobre os impacto
para os agricultores. "Será ponto importante para fazer os ajustes
necessários para que não se retirem direitos do produtor. "Ele é
responsável por produzir alimentos. Mantenha o homem no campo e as cidades
sobreviverão, retire o homem do campo e as cidades desaparecerão."
O prefeito de Não-Me-Toque, Armando Roos, reagiu a
informações que atribuem ao setor parte da culpa pelo déficit. "Dizer que
produtor não contribui e ajuda a quebrar a previdência é desinformação. É o
único que não sonega, pois desconta 2,3% na venda. Não tem como sonegar, é
obrigado a emitir a nota", frisou Roos.
O presidente da Assembleia Legislativa, Edegar Pretto (PT),
que tem origem em movimento sem-terra e agricultura familiar, "Sinto
obrigação de tocar em um assunto que tira o sono das famílias, que é a reforma.
Tenho posição, o presidente da AL é contra a reforma, pois retira direitos
sagrados e conquistas da Constituição de 1988. Estamos em crise, mas é momento
de apontar caminhos e usar criatividade", sugeriu Pretto.
Críticas a governos passados estiveram em alta na abertura
da feira e com elogios ao governador, em relação a suas propostas de redução do
tamanho do Estado. "Vai ficar na história como governador que conseguiu
quebrar paradigmas", disse Mânica.
O prefeito de Não-Me-Toque, Armando Roos, fez críticas a
governos como criação de estatais para virar cabide de emprego a cabos
eleitorais e chegou a elogiar o governador por não ter feito o caminho. Sartori
propõe a venda de estatais, como CEEE, Sulgás e Companhia Riograndense de
Mineração (CRM). Tomado de journal do comercio de rgs br
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