jueves, 2 de marzo de 2017

FALTA DE MEDICAMENTOS PARA QUIMIOTERAPIA EM RIO GRANDE BRASIL

 Falta de medicamentos para quimioterapia atrapalha tratamento de pacientes
Na manhã de ontem, pessoas que aguardavam atendimento na Santa Casa acabaram voltando para casa sem receber medicação
Foto: Divulgação
Falta de medicamentos para quimioterapia atrapalha tratamento de pacientes
Setor de Oncologia está localizado nos fundos do Hospital de Cardiologia
ALINE RODRIGUES
Pacientes em tratamento de quimioterapia acabaram na manhã de ontem (1º) retornando para casa, sem receber a devida medicação. Isso porque, segundo informações, faltam diversos medicamentos que fazem parte do tratamento no setor de Oncologia da Associação de Caridade Santa Casa do Rio Grande. Conforme Michele Domingues, filha de uma das pacientes, a mãe estava na fila para atendimento desde as 6h da manhã. No entanto, quando chegou no momento do atendimento, a mãe foi informada de que não havia o remédio Gencitabina, o qual  ela precisa usar a cada 21 dias. 
“Eles dizem que não têm os remédios e não dão nem uma opção. As pessoas vão embora desconsoladas”, desabafa a filha da paciente. Michele conta que chegou a pedir por escrito no hospital um documento que constasse que a mãe estaria saindo sem a medicação, porém o pedido foi negado. “Mandaram eu ir no jurídico da Santa Casa. Eu vou e espero ser atendida. Esse remédio, ela tem que tomar sete dias após a primeira dose, hoje (ontem) era para repetir”, explica.
Ela conta ainda que teve que, pela terceira vez, pagar o tratamento particular na cidade vizinha de Pelotas.  “A administração da Santa Casa não quis nem me ouvir, insisti com a recepcionista e ela disse que nada poderia fazer. Pediu para eu ligar amanhã (hoje). A assistente social não quis me dar a negativa por escrito, informando que não foi realizado medicamento pela falta do mesmo. Por que não ligaram para os pacientes que estavam na agenda informando? Por que as pessoas têm que ficar desde as 5h, 6h na fila com esse calor, com fome, cansadas e debilitadas?”, desabafa.
Ela lembrou ainda que, há cerca de um mês, a direção do hospital divulgou uma nota à imprensa dizendo que o serviço no setor de Oncologia estava restabelecido de forma plena e que teria disponível todos os medicamentos oncológicos necessários.
Michele observa ainda que cada vez que vai a Pelotas para fazer o tratamento particular, o investimento é de aproximadamente R$ 800, entre quimioterapia, combustível, alimentação e pedágios. A filha de uma outra paciente, que também não recebeu a medicação, utilizou as redes sociais para tentar conseguir o remédio Taxofen, o qual não é vendido em farmácias e também não estava disponível.
O QUE DIZ A SANTA CASA
A reportagem do Agora tentou contato com a administrador da Santa Casa, Maicon Lemos, mas não obteve sucesso. Entretanto, recebeu informações do setor da direção do hospital. Segundo dados, há uma relação de remédios, os quais a direção está fazendo a cotação, porém há muitos que estão em falta. Conforme informações, a maior dificuldade está sendo em conseguir medicamentos em grandes quantidades. A direção informou que hoje (2) os medicamentos que forem encontrados nas distribuidoras serão comprados e que, provavelmente, na próxima semana devam chegar ao Município. O valor do pedido dos medicamentos que estão em falta é de R$ 41.853,00.

Além disso, a direção diz que todos os medicamentos do setor de oncologia são pagos à vista e que não procede a informação que a reportagem recebeu de que clínicas da região não estariam disponibilizando os medicamentos para o hospital por falta de pagamento. Outra informação dada pela direção é que o hospital chegou a fazer a compra de remédios de uma clínica de São Paulo, a qual foi paga à vista em janeiro deste ano, porém, por falta dos medicamentos, a nota teve que ser estornada.  Sobre o planejamento mensal das compras dos medicamentos, a direção informa que sempre que os responsáveis do setor de Oncologia do hospital fazem o pedido daqueles remédios que estão em falta, a compra é realizada em seguida. TOMADO DE AGORA DE RGS BR 

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